Polícia

Acusado de atentado em Olivença é preso em cemitério e confessa que matou por dívida

Prisão aconteceu na sexta-feira (28), mas só foi confirmada pela Polícia Civil neste domingo

Por 7Segundos 31/10/2021 13h01 - Atualizado em 31/10/2021 14h02
Acusado de atentado em Olivença é preso em cemitério e confessa que matou por dívida
Elvison Ferreira foi preso e confessou atentado no cartório de Olivença - Foto: Reprodução

O acusado do atentado no cartório de Olivença, Elvison Silva Vilela Ferreira, confessou o crime após ser preso no cemitério localizado no mesmo município. Ele alegou que tinha intenção de matar apenas a ex-namorada Dayrla Roberto Correia de Mélo, 21, em decorrência de uma dívida no valor de R$ 7 mil, que ela teria com ele.

Elvison Ferreira foi preso na sexta-feira (28), após a Polícia Civil descobrir que ele permanecia em Olivença e passava as noites dentro da catacumba da avó, no cemitério do município. A ação policial, que foi acompanhada pelo advogado do investigado, foi divulgada apenas neste domingo. 

Após a prisão, o acusado confessou ter efetuado os disparos que mataram Damiana e deixaram Dayrla ferida. Ele relatou que a intenção dele era de matar apenas a ex-namorada. Segundo ele, quando eles mantinham um relacionamento, ele havia deixado com ela R$ 10 mil e, quando o namoro acabou ele pediu o dinheiro de volta, mas ela devolveu apenas R$ 3 mil.

O acusado relatou ainda que quando ele sacou a arma para atirar na jovem, Damiana se colocou na frente da filha, para protegê-la. A mãe, que trabalhada como cuidadora de idosos e tinha 45 anos, foi baleada na cabeça e morreu na hora. Dayrla foi atingida por cinco disparos, um de raspão na cabeça e os demais no braço e abdome. Ela foi socorrida para o Hospital de Emergência do Agreste. A família pediu ao hospital para não divulgar informações sobre estado de saúde da jovem, por motivo de segurança.

Após o crime, conforme relato de Elvison para a polícia, ele jogou a arma utilizada no crime na barragem do município e tentou fugir de moto, mas o veículo apresentou problemas e foi abandonado. 

Com a confissão do investigado, o delegado Hugo Leonardo dá continuidade ao inquérito policial. Ele irá solicitar uma varredura na barragem para tentar localizar a arma do crime. 

O delegado-geral da Polícia Civil, Carlos Reis, informou ainda que o secretário de Segurança Pública, Alfredo Gaspar, pediu total empenho no esclarecimento e captura dos envolvidos, também nesse caso.