Cidades

Resolução do IFAL Palmeira permitindo uso dos banheiros por pessoas trans causa polêmica entre pais e estudantes

Medida dá livre acesso a pessoas trans nos espaços da instituição

Por 7segundos 16/09/2022 08h08 - Atualizado em 16/09/2022 09h09
Resolução do IFAL Palmeira permitindo uso dos banheiros por pessoas trans causa polêmica entre pais e estudantes
Aviso informando sobre a resolução foi colocado nos corredores da instituição. - Foto: 7segundos

Um aviso fixado nos corredores do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) de Palmeira dos Índios informando sobre a permissão de livre acesso de pessoas trans nos banheiros e vestiários, além de outros espaços, está incomodando pais e alunos.

O aviso trata do artigo 10 da resolução 17/2017 que trata sobre nome social e acesso das pessoas trans nos espaços do IFAL e traz dois pontos. O primeiro que assegura o acesso a todo espaço, ambiente e atividades. E o segundo, permite o uso de banheiro, vestiários e demais espaços segregados por gênero, de acordo com a identidade de gênero autodeclarada.

A medida incomodou pais e alunos que se dizem indignados com a situação. “Minha filha estuda lá e os alunos, em especial as alunas, ficaram chocadas com um aviso que a direção coloca na porta do vestiário feminino, onde elas se trocam e tomam banho após as atividades físicas. Tá todo mundo em pânico lá. Até os pais sem saberem o que fazer. O cartaz diz que pessoas trans, que se declaram trans apenas por declaração, podem fazer uso do banheiro destinado as mulheres. O STF está há sete anos votando esta pauta e ainda nem chegou a um consenso,” relatou o pai.

Alunas também entraram em contato com o 7segundos sobre a situação. “O IFAL aplicou esse método sem comunicar alunos e pais para um consenso, não estamos contestando por preconceitos, mas por segurança porque envolve a liberação de um local muito privado como vestiários e banheiros,” disse uma das alunas.

"Da mesma forma que criaram isso para levar a inclusão deles em consideração, não deixa de ser fato um homem e uma mulher e que nós mulheres estamos vulneráveis a sofrer algum tipo de abuso e na hora de arcar as consequências se justificar como trans, não estamos confortáveis com essa situação, queremos que essa questão seja vista e resolvida da melhor forma possível,” relatou outra aluna.

O 7segundos entrou em contato com a instituição que informou que o IFAL possui uma Comissão de Gênero e uma Coordenação de Ações Inclusivas que está trabalhando no posicionamento institucional sobre essa questão para a comunidade.