Educação

Estudantes da Uneal de Palmeira dos Índios reivindicam contratação de professores e restaurante universitário

Reivindicação se estende para todos os campi do estado

Por Henrique Interaminense 04/05/2023 11h11 - Atualizado em 05/05/2023 15h03
Estudantes da Uneal de Palmeira dos Índios reivindicam contratação de professores e restaurante universitário
Estudante utilizaram cartaz durante manifestação em Maceió realizado no último dia 1º de Maio. - Foto: Cortesia

Os problemas na Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) estão sendo pauta de reinvindicação dos estudantes no Campus de Palmeira dos Índios e nas demais unidades no estado.

Entre os problemas relatados, as principais cobranças feitas pelos alunos é a falta de professores e de restaurante universitário.

No último dia 1º de Maio, feriado do dia do trabalhador, os alunos participaram de uma manifestação na capital do estado, Maceió, cobrando do governo do estado a resolução dessas deficiências na universidade.

O aluno Jean da Silva é estudante do 4º período de História da UNEAL atualmente no campus de Palmeira dos Índios e diz que encontrou muitos problemas desde que iniciou os estudos. “Entrei na UNEAL em 2018, no campus de São Miguel, logo de cara, vi uma universidade que parecia tudo, menos uma universidade. As dificuldades eram várias. Quando chovia lá, inundava as salas e ficamos como se tivesse em uma piscina. Hoje, em 2023, estudando já no Campus de Palmeira dos Índios, os problemas ainda são vários, não é uma realidade restrita a um campus só. Fico mal pelos meus colegas de outros campus, que estão sem professores, logo tendo que passar mais tempo do que o esperado para concluir um curso que dura quatro anos, por falta de professores. Por isso a necessidade de concurso na UNEAL,” explicou.


Outra dificuldade relatada por Jean é a dificuldade dos alunos em relação a alimentação que seria resolvida com o funcionamento de um restaurante Universitário. “Em nenhum campus da UNEAL tem um restaurante universitário. Muitos alunos, me coloco nesse meio, saem de casa às pressas devido a correria e não conseguem comer bem, alunos que moram longe, passando todo dia coisa de uma hora para chegar na universidade. Por isso, assim como meus outros colegas, a gente pede do governador Paulo Dantas que olhe a nossa situação, nos dê uma ajuda,” disse ele.Nas redes sociais, o apelo ao governo do estado continua. No perfil jornal.uneal mantido pelos estudantes no instagram, o relato é que a situação da universidade é degradante. “É um sucateamento da educação, um desrespeito com os alunos. É preciso valorizar nossa Universidade Estadual de Alagoas. Não dá e não pode haver essa distância entre Alagoas nas redes sociais e a realidade, chega! No instagram tá tudo bonito, mas na realidade tá degradante a situação, e ninguém faz nada. Merecemos ser respeitados, termos um ambiente que se pareça com uma universidade, termos professores valorizados!” diz a publicação.

O 7segundos Palmeira entrou em contato com a Universidade e com o Governo do Estado e aguarda um posicionamento sobre os problemas relatados pelos estudantes. 

Em nota, a direção da universidade esclareceu o que será feito para resolver as questões apontadas pelos estudante.

Leia na integra:

Nota de esclarecimento
A Universidade Estadual de Alagoas esclarece que a realização de concurso público para servidores, tanto docentes quanto técnico-administrativos, está sendo encaminhada junto à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas. O reitor Odilon Máximo informou que, na última semana, em reunião com o secretário Gabriel Albino Ponciano Nepomuceno, foi instituído um grupo de trabalho com o intuito de apresentar a proposta de concurso para servidores da Uneal.
Quanto à infraestrutura do Campus III, em Palmeira dos Índios, foram realizadas diversas melhorias no pós-pandemia, como a construção do Labima, dos Núcleos, reforma das bibliotecas, climatização em toda unidade.
Sobre a segurança e o restaurante universitário, há uma indicação na Assembleia Legislativa de Alagoas. Mas temos o Programa Alimenta que atende 850 estudantes de baixa renda em todos os campi. “Compreendemos a necessidade da garantia da segurança alimentar de nossos estudantes e temos trabalhado para que possamos ampliar programas de assistência estudantil”, frisou o reitor Odilon Máximo.