Sertão

Acusado de crimes de pistolagem em Minas Gerais é preso em Piranhas usando nome falso

Polícia deflagrou operação para prender acusado que é considerado pessoa influente no município

Por 7Segundos 03/04/2024 18h06 - Atualizado em 03/04/2024 19h07
Acusado de crimes de pistolagem em Minas Gerais é preso em Piranhas usando nome falso
Suplente de vereador é acusado de usar documentos falsos e de cometer crimes em MG - Foto: Divulgação

Uma operação deflagrada em cooperação entre as polícias Civil de Alagoas e Minas Gerais efetuou a prisão de um desertor da PM mineira que vivia há 20 anos com uma identidade falsa no município de Piranhas, no Sertão de Alagoas.

A prisão de Rafael Afonso Paulino Freire, mais conhecido como Leão, pegou os moradores do município sertanejo de surpresa. Ele é considerado uma pessoa influente, pela amizade com políticos e empresários ricos da região.

Mas nem o nome dele e a naturalidade são verdadeiros. Os documentos originais dele apresentam nome de José Inácio Monteiro Murta, natural do município de Itinga, interior de Minas Gerais.

Com o nome falso de Rafael Freire, ele aparece como funcionário comissionado da prefeitura de Piranhas e chegou até mesmo a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores do município em 2020, pelo PSC.

Com o nome falso, ele tinha documentos de RG, CPF e até carteira de habilitação. Ele também mantinha o CPF em seu nome verdadeiro válido. Segundo informações, José Inácio levava uma vida pacata em Piranhas e no passado chegou a ter um emprego formal na Chesf e a comandar o jogo do bicho no município, mas nunca se envolveu em problemas com a polícia.

Bem diferente da época em que morava em Minas Gerais e era policial militar. Ele é acusado de vários crimes de homicídio no interior mineiro e era temido pela fama de matador de aluguel. Quando percebeu que seria preso, se mudou para Piranhas, se tornando desertor da PM e foragido da Justiça, devido vários mandados de prisão expedidos contra ele.

Mesmo levando uma vida longe de problemas no Sertão alagoano, segundo as investigações Leão continuava a atuar na execução de crimes de mando em Minas Gerais, lugar para onde costumava viajar com frequência.

A ação que reuniu as polícias de MG e AL foi articulada após o cruzamento das digitais dos documentos falsos e verdadeiros usados por Leão. A prisão deu cumprimento a um dos mandados judiciais expedidos pela Vara Única da Comarca de Monte Azul, que investiga um dos homicídios atribuído a ele.

O acusado deve responder pelo crime de uso de documento falso em Alagoas e ser transferido para o sistema prisional de Minas.