Waldir Peres sabe muito bem como é conviver com um fantasma. Titular da seleção brasileira na Copa de 1982, deixou a Espanha sem título e com a eterna marca de ter levado três gols de Paolo Rossi, na traumática eliminação ante a Itália.

Para Waldir, algo parecido acontece com Júlio César, titular do time de Felipão. Para o ex-goleiro, hoje com 63 anos, Júlio terá trabalho redobrado no Mundial do Brasil para exorcizar de vez a falha cometida na Copa de 2010, na derrota ante a Holanda por 2 x 1, pelas quartas de final.

"O Júlio vai ter um trabalho difícil. Ele está jogando num time inexpressivo e tem uma Copa marcada nas costas. Ninguém esqueceu da falha contra a Holanda, em 2010. Vai ter que matar um leão por dia", disse Waldir, lembrando da saída em falso do atual goleiro do Toronto FC no primeiro gol holandês.

Ainda que não demonstre tanta confiança no titular de Felipão, Waldir enxerga poucas sombras para o goleiro a três meses da Copa. "O Jefferson é excepcional, mas o Júlio deve jogar por ter mais experiência."

Segundo Waldir, o cruzeirense Fábio, que ainda não foi lembrado por Felipão, deveria ter mais chances no time nacional. "Eu, se pudesse, convocaria o Fábio, do Cruzeiro. Ele vem bem desde 2013 e é um goleiro vivido dentro do futebol."