Após realização de uma auditoria nas contas da Caixa Beneficente da Polícia Militar, o atual presidente da entidade, coronel Ivon Neto, denunciou, na manhã desta quinta-feira (8), ter descoberto um rombo superior a R$ 1,5 milhão só da pensão das viúvas de militares. Além deste desvio, o gestor que assumiu a entidade há quatro meses, revelou um esquema de falsificação nas guias de pagamento de verbas trabalhistas.

O desvio das verbas da Caixa Beneficente da Polícia Militar pode revelar um esquema que durava há, pelo menos 10 anos e que, pode ter como principal articulador o advogado da entidade, Claúdio Coelho.

O advogado é o principal acusado de cometer diversos crimes, como se apropriar da taxa paga pelos policiais e de falsificar guias de pagamento emitidas pela Caixa Federal de Alagoas. “Passei a receber cobranças do Tribunal Regional do Trabalho sobre verbas trabalhistas que a Caixa Beneficente havia deixado de pagar. Achei estranho porque tinha, em poder do advogado da entidade, o comprovante de pagamento. Só que quando mostrei estes documentos à Caixa Econômica, o gerente geral afirmou que eles eram falsos”, afirmou o coronel Ivon Neto, afirmando que só neste caso, ocorreu desvio de aproximadamente R$ 33 mil.

Como o calote envolveu um banco federal, a Polícia Federal já entrou no caso e instaurou inquérito , através do delegado Felipe Vasconcelos Correia.

O presidente da Caixa Beneficente da PM vai, agora, enviar cópia de todos os documentos ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares e solicitar a nomeação de um promotor para ajuda na apuração das as denúncias.

A expectativa do presidente da Caixa Beneficente agora é conseguir, junto ao secretário de Defesa Social, coronel Dário César, proteção de vida para ele e todos os seus famíliares. “Sei com quem estou mexendo”,finalizou.