Polícia
Saúde reforça estratégia para reduzir transmissão de sífilis e Aids de mãe para filho
27/10/2011 15h03
A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep) realizou nesta quinta-feira (27) o I Seminário Estadual de Ações para Redução e Transmissão Vertical da Sífilis e do HIV em Alagoas. A iniciativa visa reforçar as estratégias apresentadas pela Rede Cegonha e pelo Plano Estadual de Ações para Redução e Transmissão Vertical da Sífilis e do HIV para os profissionais das unidades básicas de saúde e hospitais referências.
“O seminário é a primeira ação para sensibilizar acerca do trabalho da Saúde na redução da transmissão vertical. Precisamos descobrir o perfil de Alagoas e ter um pré-natal adequado”, disse Cleide Moreira, diretora de Vigilância Epidemiológica de Alagoas, durante a abertura do evento.
Segundo a gerente do Núcleo de Agravos Crônicos, Mona Lisa dos Santos, a meta do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde é para cada mil nascidos, apenas um esteja enquadrado na transmissão vertical.“Para atingir essa meta, em 2011, o foco de trabalho está para cada mil nascidos, 2 a 3 estão enquadrados na transmissão vertical. Em Alagoas, atualmente, esse número está em 3 a 4 nascidos com a doença adquirida pela mãe”, explicou Mona Lisa dos Santos, que aponta a rede Cegonha como um dos projetos que trabalha para a redução da transmissão de sífilis e Aids de mãe para filho.
A rede Cegonha, de acordo com Syrlene Patriota, diretora de Análise de Situação de Saúde, tem como um dos seus focos trabalhar na redução da transmissão vertical de sífilis e Aids e desenvolve uma série de ações no pré-natal, parto e nascimento, puerpério e sistema logístico para combater a doença.
EXEMPLO - O coordenador do programa estadual de DST/AIDS em Sergipe, José Almir Santana, apresentou a experiência de implantação do plano de eliminação da sífilis congênita, implantado em junho em Sergipe. O projeto, que está em fase de execução, aponta os primeiros resultados. “Quando se organiza o projeto, mais se descobre casos de transmissão da doença. Aí começa o trabalho de combate da transmissão vertical”, informou o coordenador.
TRANSMISSÃO VERTICAL – A transmissão vertical é a doença passada de mãe para filho. A sífilis congênita tem cura e pode ser ter tratada até 30 dias antes do parto por meio do tratamento com penicilina. A Aids, sem nenhum tratamento, tem 25% de chance de ser transmitida. Realizando o tratamento com AZT ou TARV a partir da 14ª semana, o índice de transmissão cai para 0 a 1%.
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