Educação

Professores da Universidade Federal de Alagoas decidem suspender greve

Foram 104 votos a favor do fim da paralisação e 68 contra

12/09/2012 14h02
Professores da Universidade Federal de Alagoas decidem suspender greve
Adufal/Cortesia
Da Redação

Após 118 dias sem aulas, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) decidiram suspender a greve, durante assembleia realizada nesta quarta-feira (12), no Campus A.C. Simões, em Maceió. Com 104 votos a favor, 68 contra e três abstenções, os docentes optaram pelo fim da paralisação. A informação foi confirmada pela Associação dos Docentes da Ufal (Edufal). 

A greve, que começou no dia 17 de maio, acabou com a decisão dos docentes de aceitar as propostas do Governo Federal da revisão do plano de cargos e carreiras e de aumentos salariais, que variam de 25% a 40%.

O retorno das aulas está condicionado a uma audiência com o reitor Eurico Lôbo para estabelecer medidas de segurança para o Campus Arapiraca. A data para a audiência com Lôbo ainda não foi definida.

Insegurança em Arapiraca

No dia 30 de agosto, o retior participou de uma reunião com alunos e professores do Campus Ufal Arapiraca e afirmou que para garantir a segurança da comunidade acadêmica que será construído um muro em volta do presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza.

Lôbo autorizou a construção do muro, que será executado com recursos da própria universidade, com o objetivo de garantir a segurança no campus, já que os estudantes não querem voltar ao local por conta dos sucessivos crimes cometidos por detentos que invadiram o local, durante uma fuga, assustando a comunidade acadêmica.

Em assembleia realizada em 28 de agosto, estudantes, professores e técnicos administrativos da universidade decidiram que só voltam para o campus após a desativação da unidade prisional.

Segundo os alunos, foi proposto à reitoria da universidade o aluguel de salas para que eles não retornem ao campus enquanto o presídio estiver ativado. "O problema é que as obras na Ufal nunca terminam no prazo dado, então até lá, não podemos ficar parados. A questão é que a reitoria colocou obstáculos para alugar as salas", disse o coordenador de eventos do DCE, Layon Silva.