O presidente e o secretário de política agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas (FETAG), Givaldo Teles e José Robério Oliveira, realizaram uma Live para tratar dos desafios e perspectivas da Agricultura Familiar nesse período de pandemia. Os dirigentes trataram do impacto financeiro da pandemia para quem vive no campo, lembrando que muitos prefeitos proibiram a entrada de pessoas de outras cidades em suas feiras livres. “Isso ocasionou um grande impacto na economia da agricultura familiar, principalmente no Agreste e Zona Mata, que são as regiões que produzem para as feiras livres do Estado e, até mesmo, de Estados vizinhos”, afirmou Robério. No sertão, as feiras também ficaram escassas.

A avaliação é que o retorno as atividades normais não será fácil. Givaldo Teles lembrou o Censo Agropecuário, afirmando que o setor representa 83.5% dos estabelecimentos agropecuários em Alagoas."Esses números precisam ser respeitados pelas autoridades governamentais”, afirmou.

“ A nossa agricultura familiar desde o dia 18 de março que está paralisada. Não temos recursos federais e, mesmo com o melhor inverno dos últimos anos, pelo menos é o que se inicia depois de nove anos de extrema estiagem, não temos distribuição de sementes pelo Governo do Estado”, enfatizou José Robério.

José Robério e Givaldo Teles- este último que ainda está se recuperando do Covid 19- defenderam as medidas ligadas a área de saúde, mas pediram ações governamentais em favor do pequeno agricultor familiar.