Polícia

Polícia Científica fará exame de DNA em corpo que pode ser de Emerson Ramos

Amostras de material biológico foram entregues para análise no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió

Por 7Segundos com Assessoria 18/06/2024 16h04 - Atualizado em 18/06/2024 19h07
Polícia Científica fará exame de DNA em corpo que pode ser de Emerson Ramos
Peritos criminais da Polícia Científica - Foto: Assessoria

Como o 7Segundos antecipou na manhã de segunda (17), ainda não há identificação oficial do cadáver encontrado no dia anterior em uma área de mata no município de São Sebastião. Há suspeitas de que o corpo pertence a Emerson Ramos, morador de Arapiraca que está desaparecido desde o dia 08, mas - de acordo com a Polícia Científica - será necessário fazer exame de genética forense, ou DNA, para confirmar a identificação.

Seguindo o protocolo adotado pelos IMLs de Alagoas, a primeira tentativa de identificação se deu por meio do exame de necropapiloscopia. Mas, devido ao estado avançado de putrefação do corpo, não foi possível coletar as impressões papilares do cadáver, inviabilizando o exame.

Diante da possibilidade de que o corpo seja de um jovem de Arapiraca que está desaparecido, a perita odontolegista Claudia Ferreira esteve ontem no IML do Agreste para realizar o exame odontolegal que compara a arcada dentária com prontuários odontológicos da pessoa. No entanto, a família não conseguiu apresentar a documentação odontológica necessária para esse tipo de identificação.

A perita, então, coletou amostras de material genético do pai do jovem desaparecido. Esses materiais, juntamente com amostras biológicas do cadáver, serão entregues hoje no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió para realização do exame de DNA.

Perícia de local e exame cadavérico

Segundo a Polícia Científica, o corpo foi encontrado no último domingo, em um canavial, na zona rural de São Sebastião. A perita criminal do Instituto de Criminalística de Arapiraca, Jana Kelly, explicou que o cadáver não tinha indícios de carbonização e que a coloração escura da pele do cadáver é devido ao estado avançado de decomposição.

O cadáver não estava decapitado, como foi divulgado nas redes sociais, mas apresentava ausência dos ossos da mão direita, situação que, na avaliação dos peritos que examinaram o corpo, pode ter sido causada pela ação de animais, considerando o local onde foi encontrado.

O exame cadavérico realizado pelo perito médico legista José Cláudio Gusmão no corpo ainda apontou que ele foi vítima de traumatismo crânio encefálico por instrumento perfuro-contundente ocasionado por disparo de arma de fogo. A chefia do IML de Arapiraca ainda explicou que, apesar da necessidade do cumprimento do protocolo para identificação oficial, a família também foi orientada a solicitar a liberação por ordem judicial.