Delegado rebate versão de médica indiciada: imagens e laudo descartam legítima defesa em homicídio em Arapiraca
O caso foi finalizado pela Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA), que indiciou a investigada por homicídio qualificado
A Polícia Civil concluiu que a médica Nádya Tamires, investigada pela morte do ex-marido e também médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, agiu com intenção de matar e não em legítima defesa. O homicídio ocorreu em 16 de novembro, em Arapiraca, e a suspeita foi presa horas depois em Maceió. O caso foi finalizado pela Delegacia de Homicídios de Arapiraca (DHA), que indiciou a investigada por homicídio qualificado.
Segundo o delegado Everton Gonçalves, responsável pelo inquérito, as provas reunidas afastam completamente a versão apresentada por Nádya Tamires. Ele afirmou que “a autoria delitiva é clara, pelo que se viu nas imagens de câmeras de segurança, e pela própria confissão da, agora, indiciada. O intuito homicida, a vontade de matar da suspeita, é inconteste.”
A análise técnica do local do crime, as imagens das câmeras e o depoimento da investigada foram determinantes para a conclusão. De acordo com o delegado, os disparos efetuados foram direcionados para atingir a vítima, que acabou sendo alvejada na região do tórax.
A médica alegou durante o interrogatório ter atirado para se defender, afirmando que o ex-marido teria feito movimentos bruscos dentro do carro. Contudo, a versão não foi confirmada pelo material obtido na investigação. Para o delegado, não houve situação que caracterizasse risco real, atual ou iminente capaz de justificar uma reação extrema.
O delegado ressaltou, com base nas imagens, que a dinâmica do fato não mostrou agressão prévia por parte da vítima: a filmagem indica que Alan Carlos deu marcha à ré no veículo no momento em que foi atingido pelo disparo.
A Polícia Civil também considerou histórico de conflitos envolvendo o casal, com registros de denúncias, processos judiciais e acionamentos da Patrulha Maria da Penha. Apesar disso, a investigação destacou que tais ocorrências não configuravam ameaça no dia do crime nem legitimavam o uso de arma de fogo.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que poderá oferecer denúncia, pedir novas diligências ou solicitar o arquivamento do processo.
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