Blog do Roberto Ventura
Tendência: eleição para o governo de Alagoas poderá ser decidida no primeiro turno

As eleições para o governo de Alagoas têm uma peculiaridade. Quem gosta de números – e a matemática não me deixa mentir – deve considerar que, a história das eleições em Alagoas tem se repetido nos últimos vinte anos.
Tivemos desde 1998 até hoje, cinco disputas pelo governo e, como detalhe, nessas eleições somente uma vez, - em 2010 -, o pleito foi decidido no segundo turno; nas demais, a conquista aconteceu ainda no primeiro turno.
eleição, onde teremos dois candidatos com bastante densidade eleitoral, e os demais candidatos não têm força suficiente para forçar um segundo turno, o pleito poderá ser decidido no primeiro turno; isso sempre acontece em uma eleição polarizada como é o caso dessas eleições onde teremos Renan Filho (MDB), e Fernando Collor de Mello (PTC), na disputa pelo comando do governo de Alagoas.
Há uma forte tendência de que aquele candidato que conseguir ser o primeiro colocado obtenha uma votação maior de que a soma de todos os demais, e nesta eleição, os dois postulantes ao cargo de governador, - Basile Christopoulos (PSOL), Josan Leite (PSL) -, não têm a mínima chance de decolar e forçar um segundo turno por conta da fraca densidade eleitoral. Nesse caso, mesmo aquele que ficar em segundo lugar dificilmente terá, com a soma dos votos dos outros, como conseguir a realização de um segundo turno.
Para corroborar com minha análise, vamos voltar um pouco no tempo, e não custa nada lembrar que, nesses últimos vinte anos tivemos cinco eleições para o executivo estadual. Em 1998, Ronaldo Lessa derrotou, ainda o primeiro turno, Manoel Gomes de Barros então governador do Estado. Em 2002, quatro anos depois, Lessa derrotou o ex-presidente Fernando Collor de Mello, isso no primeiro turno.
Teotônio Vilela derrotou o ex-deputado federal João Lyra, também no primeiro turno, em uma eleição polarizada, isso em 2006.
A única eleição que no intervalo de vinte anos não foi decidida no primeiro turno foi a eleição entre Teotônio Vilela e Ronaldo Lessa, em 2010, onde Téo Vilela saiu-se vencedor, mas aí está o detalhe: nessa disputa havia um terceiro candidato com bastante poderio eleitoral: Fernando Collor de Mello, que obteve uma boa votação e com isso os votos foram divididos no primeiro turno, forçando assim, a realização de um segundo turno.
Na disputa entre o senador Benedito de Lira e o então deputado federal Renan Filho, o jovem deputado conseguiu derrotar o velho cacique político ainda no primeiro turno, detalhe: não se tinha candidato (s) que tivesse (m) uma boa margem de votos para forçar o segundo turno. Resultado: Renan Filho venceu no primeiro turno.
Vale salientar que, candidatos sem nenhuma expressão político-partidária, sem nenhum cacife político-eleitoral para angariar votos, favorece a disputa da eleição no primeiro turno. Caso houvesse um candidato com boa votação que conseguisse se aproximar do segundo colocado, provavelmente poderíamos ter a realização de um segundo turno
Quando dois candidatos disparam nas intenções de votos, e os demais não têm uma boa performance, ou seja, não têm votos suficientes, aí é bem provável que a eleição seja decidida ainda no primeiro turno.
A disputa será para valer entre o governador do estado Renan Filho e o senador Collor de Mello, onde não existe nenhuma ameaça de outros candidatos a ambos. Em uma eleição polarizada, dificilmente teremos um segundo turno.
Portanto, as eleições serão realizadas no dia 7 de outubro, veremos se essa regra ou tendência irá se confirmar.
Sobre o blog
Roberto Ventura: Bel. em Ciências Sociais ( Cientista Político), Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional
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