É bastante difícil – não impossível -, um prefeito que busca sua reeleição, ou mesmo eleger seu sucessor, quando ele - o prefeito - e sua administração torna-se ineficaz.

É fato que, o dinheiro até pode mudar o rumo ou resultado de uma eleição, entretanto, a questão financeira já não tem tanta influência como no passado. Uma eleição de sucesso não depende apenas de dinheiro, mas, também, de uma série de fatores. Temos vários exemplos aqui em Alagoas e no Brasil, de candidatos bem-sucedidos financeiramente, com campanhas milionárias perderem eleição, a exemplo, a campanha milionária do industrial João Lyra, contra o então governador Teotônio Vilela.

Hoje, existem parâmetros e conceitos modernos para se ter sucesso em uma eleição: ser honesto, passado limpo, obras que venham a beneficiar a população, transparência administrativa, circulação no meio do povo, bons assessores, desburocratização de serviços, prestigiar o grupo político que o ajudou a se eleger, diálogo com a sociedade; esses são, basicamente, os motivos que levam o prefeito a se reeleger e a eleger ou seu candidato.

No município – diferentemente do estado – a pressão popular é muito grande pela proximidade que o povo tem com o prefeito. A população está no dia a dia vendo, e as vezes até conversando com o prefeito e, por isso, a cobrança é muito maior do que, por exemplo, a cobrança da sociedade em relação ao governador. A internet é muito importante, mas nada supera o contato pessoal.

A grande maioria dos governantes acha que o dinheiro compra tudo, e na hora que quiser e como bem quiser pode mudar o quadro político – caso ele ou seu candidato esteja em desvantagem -, ou o desempenho na eleição, e isso tem sido um grande erro de estratégia quem assim pensa.

Os detentores de mandato acham que tudo está às mil maravilhas, porque os bajuladores, puxa-sacos e parasitas de plantão, vivem fazendo elogios, não falam a verdade, querem somente agradar, escondem as coisas erradas, e passam a valorizar por demais os atos positivos da administração, na intenção de garantir suas vantagens, seus empregos e de seus familiares.

Isso tem sido um grande perigo e mal que acomete a classe política, e que tem levado muitos políticos ao fracasso, ou seja, o de acreditar em quem não deve, não tem credibilidade, ouvir a quem não conhece sobre determinados assuntos. As assessorias desqualificadas e a turminha de bajuladores, sanguessugas, parasitas e puxa-sacos, são, na verdade, os que se constituem em um dos maiores perigos e prejuízos à imagem e eficácia dos governos.