Blog do Roberto Ventura

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Décadas de 80/2000 ficaram conhecidas como a época de ouro da arbitragem alagoana; Departamento de Árbitros chega ao apogeu e ganha prestígio nacional

14/08/2020 08h08 - Atualizado em 14/08/2020 18h06
Décadas de 80/2000 ficaram conhecidas como a época de ouro da arbitragem alagoana; Departamento de Árbitros chega ao apogeu e ganha prestígio nacional

Entre os anos de 1980 a 2000, a arbitragem de Alagoas viveu o seu melhor momento. Esse período foi reconhecido pela imprensa, dirigentes, torcedores e atletas como o tempo de ouro do apito alagoano. Eram árbitros conceituados, consagrados e respeitados nacional e internacionalmente, a exemplo de Marlon Reinoldson do Nascimento e Elias Guedes de Gusmão, enfim, a arbitragem alagoana chegava ao seu apogeu.

Em nível nacional e local, tínhamos um quadro de árbitros de respeitabilidade e muita qualidade técnica, física, disciplinar, intelectual, profundos conhecedores das regras do futebol, e de um profissionalismo sem precedentes. Era um quadro recheado de craques do apito.

Capitaneados por Josival Pedro, tínhamos - além de Marlon Reinoldson e Elias Guedes -, Manoel Cavalcante, Nilson de Carvalho, Renato Sátiro, Roberto Ventura, Marivan da Silva, Juarez Inácio, Jorge Luiz, Deoclécio Vaz, Ednelson Dias, Cícero Arcanjo, Luiz da Luz, Jaíne Bispo, Dorgival Viana, José Gomes, dentre outros. Nossos bandeirinhas (hoje árbitros assistentes) eram fantásticos. Como exemplo, posso citar Gilberto Freire, Admilson de Lima, Jorge Vicente, Edgerson Cruz, José Jaime Rocha Bispo, Magno Tenório, Josuel Silva, Jaime Fernandes. É claro e evidente que jamais poderia esquecer o grande precursor e mestre em arbitragem, Sebastião Canuto da Hora.

A diferença e vantagem dessa época em relação às outras – além da indiscutível capacidade para comandar grandes jogos - é que, caso um árbitro não estivesse atravessando um bom momento, outros estariam aptos a assumir seu lugar, independentemente da importância do jogo. Hoje, quando um árbitro não está em uma boa fase, a Comissão de Arbitragem enfrenta sérios problemas para substitui-lo por conta da escassez de material humano.

À época, o Departamento de Árbitros da Federação Alagoana era muito bem dirigido por Ronaldo Tenório, Rubens Cerqueira (o saudoso Caximbau) e Nivaldo Teles, depois Josival Pedro e, por fim, Sebastião Canuto. Esses, não tinham a preocupação nem temiam escalar qualquer árbitro para os grandes jogos, pelo motivo de se ter excelentes opções; diferentemente do que acontece hoje.

A história tem sido ingrata, triste e cruel para com esses heróis do apito. A falta de reconhecimento por parte da imprensa e da própria FAF tem sido um fato lamentável para aqueles que contribuíram para o desenvolvimento e progresso da arbitragem alagoana e pelos relevantes serviços prestados ao futebol de Alagoas.

Um legado de competência, honradez, decência, profissionalismo e amor a arbitragem; esses, são os exemplos deixados por esses deuses do apito. 

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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