Não se fala em outra coisa no meio político a não ser a desunião entre os poderes locais a fim de buscar uma solução definitiva para as vítimas do crime ambiental causado pela mineradora Braskem.

Na semana passada, o ministro Renan Filho disse que não fez acordo com a mineradora por não achar que as vítimas tiveram uma justa indenização. Ao mesmo tempo que Renan tenta se esquivar de uma possível negligência enquanto governador, ataca, de certa forma, a Prefeitura de Maceió, que ainda este ano, realizou um acordo com a Braskem no valor de R$ 1,7 bilhão.

Nomes que fazem parte do grupo político no Governo de Alagoas, como o deputado federal Rafael Brito e o deputado estadual Alexandre Ayres, também usaram as redes sociais para disparar ataques ao prefeito João Caldas (JHC).

“Como vamos confiar em quem faz acordo e quer ser fiscal do próprio acordo?”, questionou Brito. “O gestor municipal continua se omitindo, se escondendo atrás de notas e de gabinetes de crise”, escreveu Ayres, dizendo ainda que o atual prefeito vive de “pirotecnia”.

Neste domingo (03) o prefeito de JHC pediu que o IMA forneça os licenciamentos ambientais de minas da Braskem. Esse passo foi o suficiente para que a rede social oficial do IMA respondesse ao prefeito de Maceió.

“Muito surpreende ao IMA que o prefeito JHC tenha feito um acordo de R$ 1,7 bilhão e dado quitação ambiental à Braskem, e só agora venha solicitar informações que são de conhecimento público”, diz o post do IMA.

O Instituto explica que as informações já são públicas e o que o real motivo do prefeito, com esse pedido, é politizar o assunto.

Essa guerra política que não vai resolver em nada a situação dos moradores do cinco bairros atingidos pelos crimes da Braskem, está longe de acabar.