Diferentemente do que ocorre com a arbitragem em nível nacional, onde os árbitros - com rasíssimas exceções - têm influenciado diretamente no resultado de alguns jogos e, consequentemente, na classificação do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, com os repetidos e gravíssimos erros de arbitragem. O importante é que, os árbitros alagoanos não foram infectados pelo 'vírus da incompetência', omissão e da corrupção. 

Em relação a arbitragem alagoana, digo que ela vai muito bem, diga-se de passagem. Apenas faço algumas recomendações à Comissão de Arbitragem, até porque, sempre se tem algo para se aperfeiçoar, aprimorar e evoluir. 

Em Alagoas, Dênis Serafim (CBF), atualmente o melhor e mais experiente árbitro do quadro local, tem representado muito bem a arbitragem de Alagoas e apitado grandes jogos em nível nacional.

Tenho acompanhado o trabalho de alguns desses árbitros e confesso que eles têm realizado um trabalho digno de elogios.

Ontem, tive a oportunidade de analisar e comentar para emissoras de rádio, o trabalho do quarteto de arbitragem escalado para a final do Campeonato Alagoano da Segunda Divisão, jogo realizado no Estádio José Gomes da Costa, na cidade de Murici. Fiquei, assim como muitos que lá estavam, principalmente a crônica esportiva, satisfeito com a atuação do quarteto.

O árbitro central, Rafael Carlos Salgueiro Lima (CBF), fez um excelente primeiro tempo. Aplicou corretamente os cartões amarelos, coibiu logo no início o antijogo, esteve sempre próximo as jogadas, marcou corretamente a penalidade máxima contra a equipe do Cruzeiro na etapa inicial e foi preciso ao expulsar do campo de jogo o assistente Índio da equipe do Guarani. No segundo tempo, Rafael Salgueiro não voltou com a mesma pegada. Além de não advertir com o cartão amarelo o goleiro Diogo da equipe do Cruzeiro por retardar deliberadamente o reinício do jogo, também deixou de aplicar dois catões amarelos em jogadas típicas de advertência, entretanto, foram corretos os acréscimos do tempo de jogo. Portanto, eu daria nota 8 para a sua arbitragem.

A árbitra assistente, Jéssica Alves Bonfim (CBF), dispensa qualquer comentário. Tenho acompanhado o trabalho dessa profissional e confesso que ela tem atuado de forma excelente. Comentei alguns jogos onde ela atuou, em campeonatos promovidos pela FAF. Sua postura, sua precisão e segurança nas intervenções tem sido de fundamental importância não apenas para o seu sucesso, mas, também, do árbitro central e, porque não dizer, do próprio quarteto de arbitragem. Essa árbitra deveria ser olhada com mais carinho pela Comissão de Arbitragem - tanto alagoana como nacional - assim como outros jovens árbitros que estão surgindo na arbitragem local. Sem dúvidas, Jéssica já deveria está atuando em grandes jogos, pelo seu desempenho como árbitra assistente de Alagoas. No jogo de ontem, Jéssica Alves recebeu e foi merecedora dessa nota 10.

O experiente árbitro assistente Pedro Jorge Santos de Araújo (CBF) é um árbitro auxiliar de sucesso no futebol alagoano e, merecidamente tem trabalhado como assistente em jogos importantes em nível nacional; ele dispensa todo e qualquer comentário porque trata-se de um excelente profissional do quadro nacional e da FAF. Também nota 10 para sua atuação.

O quarto árbitro Alisson Kayque Gomes de Lima (FAF) teve um trabalho imenso, mas exerceu bem sua função fazendo com que a disciplina e conduta daqueles estavam no banco de reservas mantivesse a disciplina, evidentemente que, por se tratar de uma decisão, é claro que e alguns momentos os ânimos estivessem exaltados, mas, apesar disso, Alisson Kayque cumpriu bem o seu papel.

Devo esclarecer que, faço essas análises por conhecimento de causa, até porque, também estive dentro das quatro linhas durante algum tempo como árbitro e árbitro assistente do quadro nacional, e tenho autoridade e conhecimento suficientes para tecer tais comentários.

Portanto, parabenizo a Comissão de Arbitragem de Alagoas por ter escalado um quarteto à altura de uma grande decisão. Esses árbitros não têm mais nada para provar, eles estão, sem dúvidas, prontos e preparados para atuarem em grandes jogos.