O voto útil é uma estratégia democrática e pode definir uma eleição polarizada. No voto útil o eleitor deixa de votar no candidato de sua preferência para votar naquele candidato com mais chances de derrotar quem ele rejeita, ou seja, aquele que ele não quer que se eleja. Nesse caso, o eleitor faz uma avaliação e abre mão de votar no seu candidato preferido.

Assim, eleitores que normalmente votariam em um candidato de sua preferência, mas sabendo que esse não vence a eleição, ele - o eleitor - opta por votar em um outro candidato que não é sua primeira escolha, mas que tem mais chances de derrotar um candidato que ele rejeita.

O eleitor voto em um candidato mesmo que não simpatize ou tenha plena confiança nele, mas vota, simplesmente para derrotar aquele candidato que ele não quer que vença a eleição em hipótese alguma.

Vale também ressaltar que, quando ocorre uma disputa polarizada, a tendência é o eleitor “não querer desperdiçar seu voto”. O eleitor costuma frequentemente a migrar para uma das forças, em especial para quem tem mais chances de vencer a eleição, assim, o eleitor não gosta de votar em um candidato que ele presuma que está perdido ou que ele recusa. 
 
Além de não desejar que seu candidato perca a eleição, o eleitor também não deseja de forma alguma que o candidato por ele rejeitado vença a eleição. 

O voto útil também pode ser caracterizado quando o eleitor concentra suas escolhas em um pequeno grupo de candidatos que, na sua visão, são competitivos e têm chances de conquistar a vitória. O eleitor, estrategicamente, analisa as possibilidades de vitória do candidato, porque, assim sendo, seu voto não será desperdiçado.

Vamos exemplificar com nomes fictícios:

Suponhamos que o eleitor Paulo José, não deseja em hipótese alguma que o candidato João da Silva vença a eleição. O Paulo José opta por votar no Cícero Carlos - o qual tem chances de vitória e possibilidades de derrotar o candidato João da Silva - para que o João da Silva não seja eleito. A esse voto nós denominamos de voto útil. 

Muitos defendem o voto útil, outros o contestam, existem aqueles que são favoráveis e aqueles que são contrários, ou seja, existem os prós e os contra.