Entre dribles da vida e lances de superação, o pequeno Gabriel, de apenas 10 anos, encontrou no futebol uma paixão capaz de transformar sua jornada. Nascido com uma síndrome rara (síndrome de Hialinose Sistêmica Infantil), com menos de 20 casos diagnosticados no mundo, ele convive com desafios diários, sem cura ou tratamento específico. A fisioterapia é sua grande aliada para garantir qualidade de vida, e cirurgias plásticas ajudam a corrigir algumas má formações em orelhas, dedos e boca. O tratamento ocorre principalmente em um hospital de referência em São Paulo, enquanto a família, que mora no Espírito Santo, acompanha sua evolução de perto.

Foi em 2019 que Gabriel descobriu o time do coração. Durante uma visita escolar, dois policiais quiseram presenteá-lo com uma camisa de time e perguntaram se ele preferia Vasco ou Flamengo. O menino, encantado pelo nome Vasco, fez sua escolha. O que era apenas um presente logo se tornou um verdadeiro amor pelo futebol.

Desde então, Gabriel passou a assistir a todos os jogos do Gigante da Colina e se aprofundou cada vez mais no esporte. Sua paixão ultrapassou as quatro linhas e ele passou a acompanhar outras equipes, aprender sobre jogadores e táticas e, principalmente, sonhar com os momentos vividos no estádio.

O primeiro jogo em São Januário foi um marco em sua vida. A emoção de ver de perto seu time em campo foi indescritível, e desde então, ele e a família não pararam mais. Sempre que pode, Gabriel está nas arquibancadas, seja em jogos no Rio de Janeiro ou no Espírito Santo.

Mas não é apenas torcedor. Gabriel se diverte narrando partidas, analisando jogadas e comentando lances como se fosse um verdadeiro especialista. Seu jeito espontâneo lembra, para a família, um "mini Roger Flores" pela forma como analisa e brinca com os jogos.

Para ele, o futebol é mais do que um esporte: é uma razão para sorrir, um motivo para sonhar e um escape para os desafios diários. "mini Roger Flores"

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