Nesta terça-feira (05), o impostômetro chegará a R$ 1 trilhão arrecadados pelas três esferas do governo em todo o País. O Tesouro Nacional tem uma estimativa de que a carga tributária brasileira cresceu no ano passado e atingiu 32,71% do Produto Interno Bruto (PIB) diante dos 2,43% do PIB em 2014. Em 2015 o recorde foi alcançado pela primeira vez em um ano quando a marca superou os R$ 2 trilhões de impostos pagos pelos brasileiros.

Em Maceió há um impostômetro que é atualizado em tempo real e fica localizado no bairro do Farol. Ele foi idealizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e o projeto inicial teve sua inauguração há 11 anos, em São Paulo, em parceira a Associação Comercial do estado. O intuito do impostômetro é mostrar ao contribuinte o quanto se arrecada em tributos no país e com isso deixar a população alerta para a necessidade de cobrar de seus governantes a aplicação correta desses recursos.

De acordo com o economista e professor da Faculdade Maurício de Nassau, Humberto Barbosa, essa virada do impostômetro para um trilhão aparenta ser um número alto, mas pelo contrário é um número acumulado no período de recessão da economia. “Apesar de a indústria dar sinais de estabilidade na queda do seu produto, ainda é muito cedo para acreditar que seja o início do fim da recessão e, portanto também da queda de arrecadação de receita tributária do governo”, explicou.

Barbosa acrescentou que os dados indicam que a arrecadação recuou 7,1% no mês de abril deste ano, sendo o pior mês de abril dos últimos seis anos. “Esse número de um trilhão certamente corresponde, grosso modo, a um período acumulado de 12 meses. Entretanto, trata-se de uma queda acentuada, já que a cifra de um trilhão deveria ter sido atingida entre meados de fevereiro e março de 2016”, finalizou.