Saúde

Própolis faz bem? nutricionista lista tipos, benefícios e contraindicações

7Segundos conversou com a nutricionista Graciella Tenório

Por Giulianna Albuquerque 25/07/2021 08h08 - Atualizado em 26/07/2021 09h09
Própolis faz bem? nutricionista lista tipos, benefícios e contraindicações
A própolis verde é obtida a partir de uma planta nativa do Brasil, a Baccharis dracunculifolia) Vassourinha ou Alecrim do Campo - Foto: Reprodução/Emater MG

Própolis verde, amarela, marrom e vermelha. A última encontrada, exclusivamente, no estado de Alagoas é produzida por abelhas da espécie Apis mellifera, que se alimentam de uma resina avermelhada presente nos caules da árvore Dalbergia ecastaphyllum, popularmente conhecida como rabo-de-bugio.

Poderoso antibacteriano, antiinflamatório, antiviral, antioxidante, antiprotozoário, anestésico, antitumoral, anticâncer, antifúngico, anti-séptico, anti-mutagênico, anti-hepatotóxico, além de ser usado para atividade citotóxica, quimicamente, a própolis é composta por mais de 180 tipos diferentes de produtos químicos.

“Em geral, a própolis contém polifenol — flavonóides, ácidos fenólicos e ésteres —, aldeídos fenólicos e cetonas, entre outros. A porcentagem de material diverso presente na própolis depende da época de sua coleta e também da origem geográfica”, explicou a nutricionista Graciella Tenório, em entrevista ao 7Segundos.

A forma de apresentação mais comum da própolis é o “extrato de própolis”, mas segundo Graciella, a substância pode ser encontrada sob várias formas de apresentação, facilitando, assim, sua administração em casos de restrições.

“É encontrada comercialmente na forma pastilhas, enxaguatórios bucais, cremes, géis, xaropes para tosse, vinho, bolo, pó, sabonete, gomas de mascar e comprimidos bem como balas, xampus, barras de chocolate, loções para a pele, dentifrícios, misturas anti-sépticas e também é usada para a preservação de carne”, cita a nutricionista.

COMO USAR?

Para quem tem dúvidas, Graciella explica que o extrato de própolis pode ser diluído em água, adicionado em chás, aplicado diretamente na boca ou garganta e até sobre a área machucada.

“A dose pode variar de pessoa para pessoa e deve ser levado em consideração diversos fatores como faixa etária, comorbidades e acometimento pulmonar. O ideal é procurar um nutricionista que indique a dose ideal”, explica.

O principal efeito colateral que pode ocorrer com o uso da própolis é a reação alérgica que causa sintomas como inchaço, vermelhidão, coceira ou urticária.

“É contraindicado para indivíduos que possuam alergia à substância ou algum dos seus componentes. O extrato de própolis na sua versão alcoólica é contraindicado para crianças e gestantes”, alerta a nutricionista.

PRÓPOLIS CONTRA A COVID-19?

Segundo Graciella, apesar de possuir propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antivirais, a própolis não é capaz de curar a Covid-19.

“No estudo de Silveira et al. (2021) foi visto uma redução no tempo de internação em pacientes que fizeram uso de própolis, porém, o estudo possui algumas limitações e não está totalmente aprovado. Ainda é muito precoce dizer que seria uma boa opção para tratamento”, explica.

“O ideal é continuar seguindo os protocolos de segurança como uso de máscara, lavar as mãos, fazer o distanciamento social e principalmente, tomar a vacina contra a Covid-19”, finaliza a nutricionista.

Serviço:

Graciella Tenório
Pós-graduada em Nutrição e Suplementação Esportiva (Enaf-MG)
Mestre em Nutrição Humana (Ufal)
Site: gracinutri.com.br
Instagram: @gracitenorionutri.