Senador da CPI da Braskem diz que empresa apresentou dados falsos que podem levar à prisão de diretores
Cunha disse à coluna que os “dados falsos para obter licenças ambientais podem resultar em prisão para diretores da Braskem”
A CPI da Braskem identificou casos em que a empresa enviou informações falsas a órgãos de fiscalização, para obter licenças ambientais. A informação é de senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que integra a comissão.
Cunha disse à coluna que os “dados falsos para obter licenças ambientais podem resultar em prisão para diretores da Braskem”.
— Com certeza, em algum momento, a empresa sabia o que estava acontecendo. Vamos identificar que momento foi esse e saber se ela acelerou a extração para ter mais lucro ainda, ou se comunicou aos órgãos de fiscalização como deveria ter feito — afirmou o senador.
Cunha relata que, após a análise de documentos enviados à CPI e a oitiva de diretores da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA), em Alagoas, a comissão constatou que a empresa apresentou dados falsos sobre o impacto ambiental com a extração do mineral sal-gema, em Maceió.
A CPI apurou que foram retirados mais de 750 mil caminhões de sal do solo de uma área habitada e populosa no município. Na reunião desta quarta-feira (13), o diretor-presidente do IMA, em Alagoas, Gustavo Ressurreição Lopes, admitiu que um estudo de impacto ambiental foi extraviado do órgão e não havia cópia.
— Estamos em busca da responsabilidade por ação, que está caracterizada a Braskem, mas também saber onde houve omissão. Vamos identificar quem deixou de fazer o seu papel, o órgão de fiscalização que não cumpriu com o dever de proteger as pessoas — disse Cunha.
Nota da Braskem
A Polícia Militar prendeu um dos suspeitos de envolvimento no atentado que deixou uma pessoa morta e outra ferida durante uma partida de futebol no bairro do Bom Parto.
O homem, de 38 anos, foi preso nessa quinta-feira (14) na Rua Beira Lagoa, durante uma operação contra uma organização criminosa.