Diário do Sertão
Pai, filha e sogro, que queriam ser vereadores, perdem no Sertão
E as eleições municipais em Alagoas ficaram para trás, porém, os fatos curiosos ainda são comentados por muitos de nós.
Em Canapi, no Sertão de Alagoas, onde já se viu - e continua se vendo - de tudo um pouco, uma família desunida decidiu ir as urnas, também de forma ainda mais desunida.
Imaginem que lá uma dona de casa tentou sair vereadora disputando uma das 11 vagas da Câmara de Canapi sem contar com o voto nem do pai e nem do seu sogro. O detalhe é que os dois, o pai e o sogro, também foram candidatos e um não poderia votar no outro.
O imbróglio teve início quando Lidiane Souza Soares (PDT), conhecida por “Binha”, lançou o nome a vereadora no mesmo grupo do candidato a prefeito, o empresário Paulinho Ribeiro.
Na sequência o pai dela, o agricultor José Ilton Soares (Podemos), o “Liro do Barro Branco”, também se lançou a vereador apoiando a candidata a prefeita "Josélia, irmã de Zé Hermes", que é o ex-prefeito do município.
Para embolar ainda mais o "caldo", o sogro de “Binha”, o petista Donizete Barreiro da Silva, o “Donizete”, apoiador do grupo que tinha como candidata a prefeita "Lara de Tenorinho", que é mulher do prefeito "Tenorinho Malta", do município vizinho a Canapi, também se lançou a vereador.
Mas, dias antes da eleição a Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura de "Binha", permanecendo no pareô o pai e o sogro.
Só que nas urnas, a desunida família, foi "reprovada".
O agricultor “Liro do Barro Branco” ficou na 20ª colocação, com 174 votos. Sucesso teve sua candidata a prefeita, "Josélia, irmã de Zé Hermes", eleita prefeita com 7.399 votos.
Por sua vez, o petista “Donizete”, só teve 35 votos e ficou na 28ª colocação, enquanto que sua candidata a prefeita, "Lara de Tenorinho", que teve 4.384 votos, ficou em segundo lugar.
Apesar dos buchichos pós-eleição, oficialmente, ninguém sabe se a família já está sentando na mesma mesa.