Princesa do Sertão participa da semifinal do Concurso de Quadrilhas Juninas Estilizadas nesta quarta (28) em Maceió
Com apoio da Prefeitura de Palmeira, quadrilha retornou as apresentações
As cores, o brilho nos trajes e a coreografia, aliados à alegria estampada nos rostos de cada um dos 50 participantes, já são uma atração à parte da junina Princesa do Sertão, de Palmeira dos Índios. Nesta quarta-feira (28), véspera da São Pedro, a quadrilha se apresentará no bairro de Jaraguá, em Maceió, um dos locais onde acontecem os festejos juninos da capital, em mais uma etapa do Concurso de Quadrilhas Juninas Estilizadas, realizado pela Liga das Quadrilhas Juninas do Estado de Alagoas (LIQAL). O concurso possui três etapas: a primeira aconteceu em Arapiraca, a segunda em Jaraguá e a terceira e semifinal será hoje também no Jaraguá.
Criada há 15 anos, a Princesa do Sertão passou mais de uma década sem se apresentar, por falta de apoio. Mas há dois anos, a Prefeitura de Palmeira apoia culturalmente a junina, que ganhou espaço e destaque entre as melhores quadrilhas do estado. Com a agenda cheia de convites para apresentações, os esforços, agora, estão concentrados em manter o ritmo, a determinação e o foco para conquistar mais uma vaga na noite desta quarta.
Se alcançar uma boa colocação, a quadrilha pode garantir uma vaga para a grande final do concurso, que acontecerá em Arapiraca, e ficar na primeira divisão das juninas. “A primeira etapa foi em Arapiraca, no dia 17 de junho. Saímos de lá com 149.4 de pontuação. Na segunda etapa, no Jaraguá, no dia 21 de junho, conseguimos 148.9. Estamos em segundo lugar geral do grupo de acacesso e a junina está na disputa por uma das vagas para a elite das juninas estilizadas de Alagoas. A final será em Arapiraca, no dia 1° de julho. Ser campeã é uma consequência. A nossa luta é chegar aonde estão grandes quadrilhas, como a Luar do Sertão, por exemplo”, explicou o marcador da junina Fagner Silva.
A Princesa do Sertão é presidida por Lucas Emanuel, coordenada por Marcone Correia, da CIA Teatral Mestres da Graça, além de outros quatro diretores, com coreografias e projeto artístico de Kaiky Tenório. “Falar de quadrilha, em Palmeira dos Índios, é algo muito importante, é cultura e raiz. Depois de passarmos 13 anos sem saber o que é o São João e sem riscar o chão de um arraial, agora, a Princesa do Sertão está fazendo isso com muito louvor, levando o nome desta cidade linda e maravilhosa e da gestão para todo o estado. Estamos no pódium de segundo lugar, mas o trabalho e o amor que colocamos nisso tudo é o que nos motiva. Agradecemos a todos os integrantes da quadrilha, aos palmeirenses que nos ajudaram, à Prefeitura de Palmeira e à Secretaria Municipal de Cultura por todo o apoio”, destacou Lucas Emanuel.
O prefeito Júlio Cezar parabenizou a junina por todo o esforço, dedicação e todas as conquistas. “Eles já chegaram muito longe e hoje estão na elite das quadrilhas estilizadas alagoanas. Estamos muito felizes por isso e desejamos muita sorte na apresentação desta quarta. Quem sabe eles não chegam à final? Talento e muita determinação todos já têm. De qualquer forma, parabenizo à direção, coordenação e aos 50 integrantes por terem levado o nome de Palmeira para os quatro cantos do estado e por manterem vivas a tradição e a cultura do nosso povo. Deus abençoe cada um de vocês”, disse o prefeito Júlio Cezar.
Leia a sinopse do espetáculo:
PALMAE – “Um amor alem do fim!”.
A história se passa em uma cidade interioriana brasileira, chamada Palmae, que mantinha costumes conservadores, onde um deles era o casamento arranjado dos filhos, por questões de negócios entre as famílias.
Flor, a protagonista e noiva, foi prometida a Reginaldo, alguém que ela não amava, mas que sua família a obrigava por ele ser o maior proprietário de terras da região, impedindo Flor de viver seu verdadeiro amor por Rafael, o noivo. Assim, Flor vai ao encontro de Rafael para informar da lamentável decisão de sua família de tê-la prometida a Reginaldo. Neste momento, Reginaldo avista Flor e Rafael juntos e vai contra a vida de Rafael. Porém, Flor é quem morre. No momento de sua morte, Flor reencarna em uma criança que acaba de nascer, e agora, passa a se chamar Rosa.
O tempo passa, eles se e encontram, mas sempre com uma impressão de que já se conhecem de outras vidas. Rafael e Rosa aacabamse casando e ele, indagado se Rosa é a Flor que veio de uma outra vida, faz um pedido para que, se realmente a suspeita é verdadeira, que nasça naquele lugar onde aconteceu a tragédia a Palmeira mais linda e vistosa da cidade, que é representada pela figura da rainha. Por fim, a quadrilha leva para o arraiá a mensagem que o amor é capaz de demolir barreiras e de ser um sentimento que emana de outras vidas.