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‘Preto Parker’: Humorista cria Homem-Aranha mineiro e viraliza ao mostrar ‘multiverso de BH’

Na criação do ator tem heróis e vilões de Venda Nova, Santa Luzia e Vilarinho.

Por BHAZ 31/12/2021 10h10 - Atualizado em 31/12/2021 10h10
‘Preto Parker’: Humorista cria Homem-Aranha mineiro e viraliza ao mostrar ‘multiverso de BH’
Multiverso reúne personagens de diversas regiões da grande BH - Foto: Reprodução/@othiagosouzaa/Twitter

Com o grito de guerra “BH é nóis”, o Preto Parker é o herói que a cidade precisava e não sabia. O personagem criado pelo humorista Thiago Souza traz o universo do Homem-Aranha da Marvel para a capital mineira. O multiverso, que, no filme original apresenta personagens de diversas dimensões, na criação do ator tem heróis e vilões de Venda Nova, Santa Luzia e Vilarinho.

O criador por trás desses vídeos conversou com o BHAZ e falou sobre a importância de valorizar os profissionais de Belo Horizonte. “Criou-se um status de que o cara bem sucedido está em São Paulo. A gente está focado em ser ‘os caras de BH’. Mesmo ganhando destaque, a gente quer manter nossas raízes aqui”, comentou.

‘Referência da quebrada’

Em Preto Parker, parceria com outro criador de BH, o Markin, as gravações são feitas em cenários muito familiares para os belo-horizontinos. Isso faz parte da ideia de Thiago de fazer um humor com o qual os mineiros possam se identificar. “Eu tive a oportunidade de conhecer outros criadores de conteúdo daqui e a gente está aproveitando para fazer coisas direcionadas a BH. Seja falando de lugares daqui, filmando em pontos turísticos, usando gírias”, explica.

Mesmo que alguns criadores de BH estejam conseguindo visibilidade pelo país, Thiago acredita que ainda falta representatividade. “A gente vê o cara que ostenta carrão, é da Zona Sul, Belvedere. Só que muitos criadores que eu conheço moram na quebrada, na favela. Para gente é legal ser referência para quem possa se espelhar na gente, para o cara da quebrada ver que pode criar conteúdo e conquistar o que quiser, em qualquer área”, comenta.

Criação na pandemia

Formado em artes cênicas, Thiago conta que teve a vida nos palcos interrompida pela pandemia. Com o fechamento dos teatros, o ator precisou se reinventar para continuar levando sua alegria para as pessoas. “Trabalho com stand-up desde 2014. No início da pandemia foi quando eu comecei a gravar vídeos. Alguns começaram a viralizar e foi dando certo”, lembra.

Agora, mesmo com os teatros abrindo, o humorista pretende continuar com o trabalho pela internet: “Mês que vem já tem Campanha de Popularização do Teatro, eu já volto com a minha rotina nos palcos. Mas vou conciliar com a criação de conteúdo. É legal uma pessoa que te vê no vídeo te ver lá no palco, pessoalmente”.

‘Sem volta pra casa’ (porque o motorista cancelou)

Na primeira cena em que Thiago incorporou o Preto Parker, depois de sofrer para pedir um carro pelo aplicativo de motoristas, o herói descobre que BH está sendo atacada pelo “Doente Verde”. A ironia é que o vilão ficou verde depois de ter caído na Lagoa da Pampulha.

Na segunda parte da esquete, Thiago retorna acompanhado do humorista Markin, também conhecido pelas piadas com BH. Juntos, eles começam a decifrar o multiverso de Preto Parker na cidade. Entre vilões como o Sr. Oiapokus e o Capeta da Vilarinho, a dupla descobre até mesmo a existência de uma terceira versão do herói, em Santa Luzia. Só que descobrem que o colega não consegue se locomover usando as teias, porque a cidade não tem prédios.