Alagoas

Nunca participei de grupos para negociar propina, defende-se ex-secretária de Saúde

Por 7 Segundos Maceió 08/08/2017 17h05
Nunca participei de grupos para negociar propina, defende-se ex-secretária de Saúde
Rozangela Wyszomirska declarou ter sido surpreendida com o envolvendo do seu nome na Operação Correlatos da Polícia Federal - Foto: Ricardo Alexandre - 7 Segundos/Maceió

Na tarde desta terça-feira (08), a reitora da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e ex-gestora da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Rozangela Wyszomirska, declarou ter sido surpreendida com o envolvendo do seu nome na Operação Correlatos da Polícia Federal (PF), que investiga um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 237 milhões em Alagoas, Sergipe, Pernambuco e no Distrito Federal.

Pela manhã, Wyszomirska chegou a ser conduzida coercitivamente à Superintendência da PF em Alagoas, no bairro Jaraguá.  “Foi um impacto, mas estive lá na PF e respondi todos os questionamentos. Eu continuo à disposição para qualquer outra oitiva que a PF julgue necessária, além disso, coloco à disposição meu sigilo bancário e fiscal para ser investigado”, afirmou.

Na oportunidade, a ex-secretária disse ainda que não tem conhecimento claro das acusações e que durante a passagem na Sesau sempre esteve atenta para atender as necessidades da saúde em Alagoas.  “Não cometi nenhum ato vergonhoso e nunca participei de reunião de grupos e agrupamentos para discutir e negociar propina ou qualquer tipo de beneficiamento”, defendeu-se.

“Ser gestor público é difícil, mas ser gestor da saúde é praticamente impossível. Quando se decide aceitar o desafio é preciso se responsabilizar, e foi o que fiz. Meu único objetivo era de, na medida do possível, contribuir para a melhoria de saúde do nosso povo”, complementou.

A operação

Desde o início da manhã, a Operação Correlatos está sendo realizada em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU) e cumpre mandados de buscas, apreensão e condução coercitiva nos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e no Distrito Federal.

Segundo a PF, o esquema criminoso consistia em fracionar ilegalmente as requisições de mercadorias e licitações de serviços, de modo que cada contratação ou requisição tivesse o valor menor ou igual a R$ 8 mil.

Os esquema foi descoberto apor meio das investigações da Operação Sucupira, que apura fraudes em processos de mestrado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).