Justiça

Acusado de tentativa de feminicídio em Porto Calvo é condenado a oito anos e seis meses

Julgamento popular foi realizado três meses depois do crime

Por Assessoria 20/07/2023 17h05
Acusado de tentativa de feminicídio em Porto Calvo é condenado a oito anos e seis meses
Em depoimento, réu Elias Pereira confessou o crime contra a ex-companheira - Foto: Caio Loureiro / Assessoria

O réu Elias Manoel Ramiro Pereira foi condenado a oito anos e seis meses de prisão pela tentativa de feminicídio contra a ex-companheira, em abril deste ano. O julgamento popular, realizado nesta quinta-feira (20), foi conduzido pelo juiz Diogo de Mendonça Furtado. A pena deverá ser cumprida em regime inicialmente fechado.

“O acusado se encontra custodiado desde a data de sua prisão em flagrante, por força do decreto prisional que se encontra vigente nos presentes autos sob o fundamento de que sua liberdade colocará em risco a garantia da ordem pública e a aplicação da lei penal. Assim, baseando-se nos mesmos fundamentos, por entender que os motivos ainda se encontram presentes, assim como dado o quantum de pena aplicada ao réu, bem como o abalo psicológico gerado na vítima e em toda a sua família, fazendo-se necessário garantir a ordem pública, nego-lhe o direito de recorrer em liberdade e mantenho a prisão preventiva”, disse juiz.

O julgamento ocorreu apenas três meses depois do crime. O Ministério Público de Alagoas foi representado pelo promotor Rodrigo Soares e a defesa do réu foi realizada pela defensora pública Carolina Goes.

O crime ocorreu na zona rural de Porto Calvo. Elias Manoel desferiu golpes de faca peixeira na vítima. O homicídio, segundo o Ministério Público, só não foi consumado porque os gritos da mulher chamaram a atenção dos vizinhos, o que inibiu a ação do réu.

A vítima foi levada ao hospital com golpes na região do pescoço, orelha, costas e braço esquerdo. Em depoimento, ela disse que o ex-companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

O acusado foi preso e, durante audiência de custódia, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. No júri, Elias Manoel confessou o crime.