O médico Hellycarlos Albuquerque aceitou o desafio de tratar de um paciente muito querido, mas que está numa situação complicada: Agremiação Sportiva Arapiraquense. Como todo médico que vai tratar de um paciente desse tipo tem conhecimento, é preciso – neste momento- agir em várias frentes e quase sempre ao mesmo tempo.

No caso do ASA, é preciso montar uma equipe para o Campeonato Brasileiro da Série C, cuja competição já vai se iniciar no próximo final de semana. E tendo que fazer isso sem recursos e, ao mesmo tempo, sendo cobrado para que faça uma equipe competitiva. E, falando em recursos, o problema financeiro e os atrasos salariais dos últimos meses, acabam gerando incertezas e atrapalhando as negociações. O poder de convencimento deve ser bem maior.

Junte-se a isso as despesas contratuais e a manutenção diária do clube com alimentação, medicamentos e outras questões básicas.

Não devemos esquecer que, no começo da temporada, muito se falou em PROFUT, com renegociações de débitos. Com um orçamento curto, não há como negar que em determinado momento pode surgir a indagação: pagar a folha de funcionários e os fornecedores ou os tributos. E, neste caso, juntem-se algumas questões trabalhistas.

Voltando a começo deste comentário, quando fizemos uma comparação com um paciente, o médico Hellycarlos Albuquerque terá de montar uma equipe que esteja junto a ele, trabalhando de forma operacional, buscando salvar a vida desse paciente. Os torcedores terão de ser, no momento atual, os familiares e os amigos que ajudam na recuperação. Claro que o ASA vai precisar de todo apoio, institucional, parlamentar, empresarial ou individual, para que garanta receita financeira.

E o torcedor tem que cair na real, sabendo que a situação financeira é grave e não dá para cobrar grandes contratações. Sei que o torcedor é um consumidor e, como tal, vai ao estádio quando tem um produto de qualidade, que é um time competitivo. Mas, nesse antagonismo, como ter time competitivo sem dinheiro. Sem querer transferir a responsabilidade para o torcedor, mas chamando a sua atenção para a necessidade de se juntar ao projeto de recuperação do alvinegro, vá ao estádio, se associe, ajude a proporcionar os recursos para que o time seja forte. E, dessa forma, poder realmente cobrar.

Que bom seria ver o ASA sem essa dependência do poder público. Mas para isso ocorra é preciso união de todos. Vamos ver agora-neste momento difícil- se a família de torcedores quer mesmo a recuperação do alvinegro, para que ele volte a ser legitimamente um GIGANTE. Sabemos que não é fácil, o ASA vai encarar grandes times na série C, mas com pensamento positivo e humildade, esperamos que dê a famosa liga e o grupo garanta – no mínimo – essa manutenção.

Ide avante, lutai, lutai. Nessa luta participe da recuperação do alvinegro, seja um personagem forte, participante e não apenas um mero coadjuvante. E quem está no comando administrativo interaja com esse torcedor, para que haja transparência e confiança, proporcionando uma relação forte.