Ribeirinho
Solução para abate do gado criado em Penedo foi apresentada há dez anos
Proposta que envolve matadouro de Igreja Nova volta a ser discutida
Parece inacreditável, mas a proposta discutida no início desta semana sobre o abate e a comercialização de carne bovina em Penedo foi apresentada há dez anos.
Em 2008, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e o Ministério Público Estadual (MPE) já apontavam a regionalização do abate como solução viável, não só para as cidades ribeirinhas, mas também para todos os recantos do estado.
Como o matadouro de Igreja Nova era e ainda é o único situado na região do Baixo São Francisco adequado para funcionar, conforme a lei, gestores dos municípios ribeirinhos - principalmente os de Penedo e Piaçabuçu - precisam formalizar uma parceria para ampliar a estrutura do local.
A medida é indispensável para atender o aumento da demanda. Como o investimento não foi realizado e os alertas sobre a interdição definitiva de matadouros públicos não sensibilizaram as sucessivas administrações, famílias de marchantes, fateiras, comerciantes de carne e a população em geral estão no prejuízo.
Uma década depois, a solução volta a ser apresentada. Considerando que o matadouro de Igreja Nova não foi ampliado para atender as cidades próximas e não tem o selo de inspeção estadual – o que proíbe o abate de animais de outros municípios – será que a articulação feita agora vai sair do discurso para a prática? E quem vai bancar a ampliação?