Apesar de não haver ainda indícios negativos – nem positivos – com relação à nova variante ômicron, municípios alagoanos estão cancelando suas festividades de fim de ano, em efeito cascata. AMA, Ministério Público Estadual e mais recentemente o Comitê Científico ligado ao Consórcio Nordeste recomendaram a suspensão das grandes aglomerações, principalmente aquelas realizadas em locais abertos, como orlas e praças.

Apesar disso, o governo do estado, que é o responsável pelas regras de distanciamento que devem ser seguidas nas cidades, ainda não mudou uma linha do atual decreto de distanciamento social controlado em vigor. Ou seja, cancelar ou manter as comemorações ainda é uma decisão política de cada município. Realizar os eventos não causará implicações jurídicas aos gestores, mas terá impacto na esfera política, há um ano de uma eleição.

A capital Maceió, após emitir nota oficial durante a semana informando da continuidade das festividades de réveillon na orla, no fim de semana recuou, e anunciou seu cancelamento. Antes, na quarta-feira (01), Penedo já havia cancelado tanto as festas de fim de ano quanto a festa de Bom Jesus dos Navegantes, tradicional evento realizado no dia de Reis, normalmente com atrações nacionais e grande presença de público.

Até Murici, terra do governador Renan Filho, cancelou na quinta-feira (02) o Festival da Natureza, que aconteceria próximos dias 9 e 10/12 – mas não falou nada sobre o réveillon, deixando em aberto sua realização. No sábado (04) foi a vez do prefeito Júlio Cezar, de Palmeira dos Índios, cancelar os shows do Natal Luz na cidade.

Arapiraca segue ainda com o réveillon programado para o dia 31/12 – será, até segunda ordem, a grande reinauguração do Lago da Perucaba, com sete atrações locais e a banda Detonautas. Um dos motivos da manutenção da festa, pelo menos por enquanto, é que o local será totalmente fechado, sendo permitida a entrada somente de pessoas com ciclo vacinal completo e apresentação do cartão.