Após lançar chapa proporcional e nome para a prefeitura de Arapiraca em 2020, o Patriota deve passar por dificuldades em 2022, devido às restrições impostas pela reforma eleitoral. O partido não tem nenhum prefeito em Alagoas, e deve perder filiados e parlamentares para outras agremiações com estrutura eleitoral – um movimento contrário ao que ocorreu em 2019, quando uma revoada de bolsonaristas saídos do PSL junto com o presidente desembarcou no partido.

Oficialmente, o presidente estadual do Patriota em Alagoas, o advogado arapiraquense Claudio Canuto, ainda fala em lançamento de chapa proporcional para deputados federais – o que na prática, faria com que o partido continuasse existindo, já que os recursos do fundo partidário e a fortuna de 5,7 bilhões do fundo eleitoral são distribuídas conforme a bancada de federais de cada legenda.

A questão mora na viabilidade de uma chapa “patriótica”, já que sem as coligações, o coeficiente eleitoral que deve ser alcançado por cada partido deve ser de aproximadamente 160 mil votos. Tudo isso com até 10 candidatos, sendo 30% deles mulheres. Em 2020, o então candidato a prefeito Claudio Canuto teve 2517 votos, enquanto toda a chapa proporcional do partido teve 3316 votos.

Se marchou unida em 2018 e 2020, em 2022 a base bolsonarista “raiz” deve se dividir em pelo menos dois partidos, mais viáveis do ponto de vista eleitoral: o PL, presidido em Alagoas pelo deputado Sérgio Toledo, e o Republicanos, que saiu das mãos do deputado Severino Pessoa e parou sob controle de Arthur Albuquerque, filho do deputado Antonio Albuquerque. Ou seja, a extrema direita de 2018 e 2020 converteu-se em base de apoio do “centrão” em 22.