Dizem que o futebol é decidido em detalhes. A velha máxima iminente que não falha.

Talvez esse confronto entre Real Madrid e PSG seja a síntese - ou uma das - de tal pensamento.

Dois dos grandes times da atualidade. Um com a máxima tradição e o peso de quem mais vezes venceu a competição.

O outro com um elenco montado para vencer o torneio pela primeira vez. Vivendo essa pressão a cada temporada.

O confronto  - na maior parte do tempo -mostrou a melhor versão do PSG nessa nova era de poderio financeiro.

No primeiro jogo, um amplo domínio francês. Em todos os aspectos.

Foi de longe uma das maiores - se não a maior - exibições do time de Paris na competição.

A impressionante performance de quem encurralou o adversário de forma consistente. Um predomínio tático e técnico poucas vezes visto em um confronto de tanta magnitude.

Aquele 1 a 0 poderia ser mais. Muito mais. 

No Bernabéu, a organização e a cautela foi mantida. Embora o contexto fosse diferente.

Marcar um gol deu a tranquilidade necessária para controlar o jogo. E assim foi.

Até o erro fatal e capital do goleiro que pouco erra. Dando a sobrevida àquele que não se pode dar por vencido - ou morto.

Acenderam a chama de quem necessita apenas de uma fagulha para atear fogo numa partida.

A partir daí o PSG "desligou". Como um pugilista que sofre um forte golpe e vai às cordas. Totalmente desequilibrado.

Sem ação, sem forças, sem reação. Um abalo sísmico de quem estava tão linear como uma escala sem curvas.

Mais um golpe e outro e a lona. Toque do gongo e fim da luta. Nocaute!

Virada épica para o Real Madrid em noite mágica de Benzema. 

Três lances. 30 minutos. Tempo suficiente para o que era impecável se tornar desastroso.

O peso de mais uma derrota dolorosa. Desta vez para alguém que tem exacerbado peso.

Detalhe. Outra vez ele decidindo jogos e classificações.