A batalha judicial travada pelos dois grupos políticos que disputam o governo do estado entrou por esta segunda-feira (02), e até esta tarde não há perspectiva sobre qual será o veredicto, e quando deverá irá sair a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pelos corredores da Assembleia Legislativa, uma tese é cogitada como o pior cenário a ser enfrentado pelo QG de Paulo Dantas, Marcelo Victor e Renan Filho: a de que Gilmar Mendes não decida sobre a ADPF sozinho, e prefira enviar o processo para análise do plenário do STF. Neste caso, não haveria prazo para o voto dos demais ministros, e enquanto isso Alagoas continuaria governada provisoriamente por Klever Loureiro.

No entanto, até mesmo correligionários do grupo oposicionista na ALE consideram esta uma possibilidade improvável, considerando que houve por parte do requerente e dos requeridos pedidos de urgência. Além disso, Gilmar (um dos ministros com melhor entendimento da real política entre seus pares) sabe que o caso alagoano requer uma decisão rápida.

Outro ponto que causa expectativa é o teor da resposta do ministro. Gilmar pode, na análise de partidários de Lira e também de MV, apenas autorizar a realização do pleito ou mandar publicar outro edital e reabrir prazo para inscrição das candidaturas, mandando corrigir alguns itens – neste caso, o processo seria jogado para, no mínimo, semana que vem.

Ou seja, as eleições suplementares e a estabilidade política do processo eleitoral alagoano dependem das mãos de uma pessoa, Gilmar Mendes.