Conforme já expressado pelo senador Fernando Collor (PTB) e mais recentemente pelo deputado Bruno Toledo (MDB) em entrevistas distintas na Rede Antena 7 de Rádios, as eleições deste ano em Alagoas ganham contornos de disputa que não eram vistos desde 2010.

Naquele ano, Teotônio Vilela Filho (PSDB) venceu Ronaldo Lessa (PDT) no segundo turno, numa eleição que tinha ainda o então senador Collor. Em 2022, são três importantes grupos políticos que disputam a cadeira hoje ocupada por Paulo Dantas (MDB), além dele próprio: Novamente Collor, Rodrigo Cunha (UB) e Rui Palmeira (PSD).

Collor, em sua entrevista há algumas semanas, afirmou que entrou no ringue político pronto ‘pro que der e vier’. "Sempre estive [pronto]. Tenho um longo percurso na política e não alcancei esses postos sem que os contendores me atacassem forte. Do mesmo modo, eu rebato no mesmo quilate, com a mesma força, com a mesma veemência, com a mesma contundência. Eu jogo conforme a música, do jeito que eles quiserem jogar, eu também jogarei”, disse.

A primeira arena para o embate entre Collor, Dantas, Cunha e Rui será o debate promovido pelo grupo 7 Segundos de Comunicação, no próximo dia 30 de agosto - já com as convenções encerradas e os candidatos em campanha. Será a primeira oportunidade para os eleitores (e os próprios postulantes) medirem a temperatura da campanha, e como irão “jogar o jogo”, conforme disse Collor.

O processo eleitoral em Alagoas já foi dominado por campanhas de baixo calão - que inclusive já saíram vitoriosas, produto de marqueteiros inescrupulosos e políticos igualmente de baixa qualidade moral. Na contramão disso, o estado também já produziu embates de alto nível, verdadeiros clássicos da política nacional - e nem precisamos voltar tanto no tempo para relembrar.

Vejamos, em 30 de agosto, qual campanha teremos.