Há cerca de dez dias, a então diretoria do Solidariedade em Alagoas retirou a candidatura da socióloga Mônica Carvalho, em apoio à reeleição do governador Paulo Dantas (MDB). O movimento era parte de uma briga judicial pelo controle da legenda em Alagoas, que teve mais um capítulo nesta semana.

Poucos dias depois do ato, a direção nacional do partido interveio no diretório alagoano, dissolvendo a sua composição e nomeando uma comissão interventora. Enquanto era presidido por esta comissão, o Solidariedade passou ao controle informal do deputado federal Arthur Lira, que o levou à composição com Rodrigo Cunha.

Lira articulou diretamente de Brasília a intervenção na legenda, com anuência do presidente nacional Paulinho da Força. O Solidariedade indicou como presidente da comissão interventora Marcelo de Lima Cavalcante, chefe de gabinete de Paulinho.

Esta semana, via decisão judicial, a antiga direção estadual retomou o controle da legenda, e já encaminha documentação para levá-lo novamente a Paulo Dantas. A socióloga Suele Pinheiro, presidente da legenda, já havia manifestado junto com Mônica Carvalho o apoio a Dantas.

O final dessa história é imprevisível, considerando que a direção nacional irá recorrer da decisão judicial - e normalmente direções nacionais se sobrepõem às estaduais. Os partidos têm até o dia 14 para registrar quem irão apoiar.