O fim do prazo para inscrição de chapas finalmente trouxe o indicado para um dos cargos mais concorridos desta eleição - o de suplente do ex-governador Renan Filho (MDB), candidato ao senado.

Líder em todas as pesquisas, aliado do também líder nas pesquisas para a presidência da república, cogita-se que o primeiro suplente de Renan Filho tem grandes possibilidades de se tornar senador, pelo menos enquanto o ex-governador alça vôos maiores, em um ministério, por exemplo.

Filho surpreendeu e não inscreveu sua esposa, Renata Calheiros, como se esperava. O “escolhido” de Renanzinho é o industrial Fernando Farias, dirigente da Federação das Indústrias de Alagoas e executivo do Grupo Carlos Lyra. Dessa forma, Filho segue os passos do pai, que sempre indicou para suas suplências “outsiders” normalmente vindos do ramo empresarial.

A mesma função foi oferecida a Pedro Vilela, num esforço para trazer o PSDB ao seu grupo - oferta recusada pelos tucanos, emparedados pela ameaça de serem prejudicados em outros estados caso não fechassem com Rodrigo em Alagoas. Com o espaço livre e a eleição consolidada, coube a Renan Filho a escolha que lhe conviesse.

Em que pese a eleição equilibrada para o governo do estado, Filho vai consolidando seu projeto de manutenção do poder em Alagoas, e dependendo da vitória de Lula em âmbito nacional, pode se tornar uma liderança nacional do MDB.