Os candidatos ao governo de Alagoas Fernando Collor (PTB) e Rui Palmeira (PSD) são os mais rejeitados entre os eleitores. Segundo pesquisa do instituto Paraná (nº AL 01735/2022), 52,5% dos eleitores não votariam “de jeito nenhum para governador” no candidato Collor (PTB).

O segundo lugar em rejeição é de Rui Palmeira (PSD) com 45,4% de pessoas que “não votariam nele de jeito nenhum” para governador. Mas quais os motivos que levaram Collor e Rui a serem os mais rejeitados de Alagoas? O blog faz algumas análises. Seguem abaixo cinco razões que buscam explicar a imensa aversão dos eleitores aos dois candidatos.

1 – Péssimos Gestores: Collor e Rui já ocuparam cargos no Executivo. Collor foi prefeito e governador. Rui foi prefeito de Maceió. E as gestões de ambos são extremamente mal avaliadas pela população. A sociedade não tem boas lembranças e não quer de volta o “Pai dos Descamisados” ou o “Cara Bom”.

2 – Aliados Infiéis e de Ocasião: Collor e Rui não se mostraram políticos fiéis em suas vidas públicas. Collor era anti-PT, mas depois se abraçou a Lula e Dilma. Rui Palmeira era o anti-Calheiros, mas hoje é amigo de infância dos Calheiros. Rui criticava Antônio Albuquerque quando da Operação Taturana, mas hoje anda encangado com os Albuquerque.

3 – Servidores Públicos Contra: os servidores públicos de Alagoas compõem faixas expressivas do eleitorado local. E Collor e Rui Palmeira encontram enorme resistência junto a este eleitor. Quando prefeito, Rui Palmeira vivia em atritos com servidores. Já o Collor governador (ou presidente) foi o causador de diversas demissões injustas causando danos para milhares de famílias.

4 – Políticos "Copa do Mundo": ou seja, somente aparecem para o eleitor de quatro em quatro anos. Collor é senador desde 2006, mas pouco, ou quase nada, é visto em Alagoas fora do período eleitoral. Já Rui Palmeira, quando prefeito, era ausente dos bairros e não pisava no interior para absolutamente nada.

5 – Solidão que não soma: Collor e Rui Palmeira são políticos com sérias dificuldades em construir alianças e parcerias duradouras e recíprocas. Andam sozinhos e não constroem grupos políticos. Tanto que ambos não têm ninguém para continuar os seus “legados” (se é que deixaram algum enquanto tiveram poder).