Bastidores
Arthur Lira tenta “lular” o PP, mas encontra resistência do bolsonarista Ciro Nogueira
Ainda ministro de Bolsonaro resiste à composição com governo petista
Além de vencer a resistência natural de Renan Calheiros e de boa parte da base Lulista à sua aproximação com o governo eleito, Arthur Lira terá que vencer também um outro adversário - o seu próprio partido, ou a parte dele liderada pelo ainda ministro da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira.
Nogueira e Lira sempre foram pragmáticos quanto ao comando do PP - cada um fica com uma fatia igual de poder. A grande divergência entre os dois nasceu exatamente na noite de 30 de outubro deste ano, após a vitória de Lula para a presidência da República.
Arthur Lira foi o primeiro chefe de poder a reconhecer a vitória do petista, o que obviamente deixou o presidente em fúria. Ciro Nogueira, que apostou alto na vitória de Bolsonaro, teve que ouvir impropérios ao telefone, e repassou o recado para Lira. Além do presidente, ele também estava insatisfeito com a velocidade com que o presidente da câmara abriu diálogo.
De lá pra cá, Nogueira e Lira não se bicam, mas também não brigam. O primeiro continua ministro de Bolsonaro até o final do mês, enquanto o alagoano vai pavimentando seu caminho à reeleição na Câmara dos Deputados. Ciro pretende manter o PP na oposição a Lula, de olho no retorno de Bolsonaro em 2026. Lira já trata Lula como aliado e negocia espaço para os progressistas no governo.
Foi de Nogueira a articulação que fez o PP orientar o voto contrário à PEC da transição no Senado. No entanto, sem tanta força na Câmara, o ministro bolsonarista deve ver os progressistas votando no sentido contrário.
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