A difícil reeleição do atual presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD) pode contribuir nos destinos do senador Rodrigo Cunha nos próximos anos. Segundo fontes consultadas pelo Blog Bastidores, o alagoano conversou com Pacheco sobre o processo eleitoral, e pode ser a novidade no PSD, partido de Pacheco.

O líder da Casa Alta enfrenta uma dura semana contra o candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, Rogério Marinho (PL-RN). O atual presidente tem vantagem, mas a disputa promete ter muitas “traições” na hora da votação, que será secreta. Com isso, Pacheco luta para garantir maioria e conversa com senadores de todos os partidos.

Rodrigo Cunha, que balança no União Brasil, falou sobre eleições do senado com Pacheco, e uma futura ida ao PSD não foi descartada. Com sua legenda atual já prometida a Alfredo Gaspar, Cunha afirmou ao Blog que recebeu convites de três partidos; o PSD de Pacheco foi um deles, além do PSDB - que após as eleições de 2022 resumiu-se a 13 deputados federais e três senadores.

Dessa forma, o PSD que hoje tem a maior bancada do senado (e provavelmente terá as comissões mais importantes da casa) é uma opção mais atraente para o senador alagoano.

Em caso do “namoro” com o PSD evoluir para um relacionamento, existe uma questão que Cunha terá que equacionar: Rui Palmeira, ex-prefeito de Maceió e atual secretário de infraestrutura do estado, afirmou ao Blog Bastidores desconhecer qualquer movimentação de Rodrigo rumo ao partido.

“Chance zero!”, respondeu Rui sobre uma possível filiação de Rodrigo ao PSD alagoano, o que pode abrir uma queda de braço entre os dois jovens caciques sobre o controle da legenda. Apesar de derrotado nas eleições para o governo, Palmeira quer manter o partido sob seu controle, visando retornar à prefeitura da capital em 2024.

As eleições para o senado ocorrem junto com o retorno dos trabalhos legislativos, nesta quarta-feira (1º).