A mudança de legenda da vereadora por Maceió Teca Nelma, que pretende sair do PSD e ingressar no PT, tem se tornado um processo mais complicado do que inicialmente esperavam os seus articuladores. Teca tem interesse em filiar-se à legenda petista no intuito de disputar as eleições de 2024.

No entanto, há um impeditivo que está travando as negociações entre a vereadora e a sigla - e não é a militância petista. Parte de uma federação partidária nacional, a entrada de Teca no PT depende também da aprovação dos outros partidos que fazem parte da composição.

É aí que mora a dificuldade, pois PV e PCdoB também não estão muito dispostos a aceitar compor uma chapa proporcional que venha com Teca - considerada hoje uma candidata maior do que em 2020, quando tentou o mandato de vereadora pela primeira vez.

O Blog Bastidores obteve a informação de que Silvio Camelo, dirigente do PV, Charles Herbert pelo PCdoB e Ronaldo Medeiros (PT) têm interesse nas eleições e na formação da chapa proporcional da federação.

Camelo deve incluir na chapa sua mãe, Petrúcia Camelo, atualmente suplente do MDB. Já Charles Herbert, que foi secretário de esporte e lazer do estado, é o principal nome do PCdoB na disputa por uma vaga na Câmara da capital. Ronaldo Medeiros deve lançar o irmão para concorrer ao mesmo posto.

Nas contas da federação, com Teca, um ou dois desses personagens teria dificuldades em conseguir se eleger - vale lembrar que o PV tem mais três vereadores de mandato, e o PT tem o Dr Valmir que disputa reeleição.

Integrantes do governo continuam negociando com o PT, principalmente porque a ida da vereadora para a legenda - e consequentemente para uma secretaria do estado - abriria vaga para a suplente Maria Tavares na Casa de Mário Guimarães, um perfil mais agressivo que agrada ao governador.