Assim como na capital alagoana, onde o atual gestor JHC (PL) não vê ninguém no retrovisor da sucessão, em Arapiraca a ampla dianteira se repete com Luciano Barbosa (MDB) - dificilmente, um rival conseguirá ganhar peso suficiente para enfrentá-lo com chances de vitória.

A um ano das convenções que definirão os postulantes ao cargo máximo da segunda maior cidade do estado, pouco se sabe sobre quem vai desafiar o atual gestor - dessa forma, as análises políticas acabam por recair sobre os mesmos personagens de eleições passadas.

E mesmo sob esse aspecto, Barbosa correu trecho e na fotografia do momento, está muito à frente dos demais.

Vejamos dois exemplos. Tarcizo Freire (PP), que em outros tempos enfrentava Luciano como deputado estadual e bons apoios políticos, com a derrota para mais um mandato na assembleia perdeu consistência, e terá dificuldades para se candidatar novamente pelo PP - com Arthur Lira marchando ao lado do prefeito.

Já a família Pessoa, após a derrota de Severino na recondução ao cargo de deputado federal em 2022, sumiu da política. Dificilmente se vê ou se nota alguma presença ou participação da ex-prefeita Fabiana Pessoa ou de Severino em algum evento, seja público ou privado.

Outro personagem que ‘flopou’ na tentativa de suceder Barbosa foi o vereador Thiago ML (SDD). Envolto numa guerra judicial pelo comando da câmara que nem ele mesmo seria capaz de explicar, ML tentou cacifar-se para o cargo apostando na polarização com o prefeito, mas viu o tiro sair pela culatra. Seu grupo esvaziou-se.

Pode um prefeito candidatar-se à reeleição sem nenhum adversário? pela lei, sim. Mas na política para além das leis, o termo correto seria incapacidade.