Apesar da decisão majoritária da bancada do União Brasil na câmara dos deputados, de integrar a base do presidente Lula (PT) e indicar o novo ministro do Turismo (o deputado Celso Sabino), o deputado Alfredo Gaspar afirmou que nada muda em relação a sua conduta, continuando a se referir a si mesmo como independente. Ele falou ainda, pela primeira vez, da aliança com o prefeito de Maceió, JHC (PL).

Gaspar foi o entrevistado desta quarta-feira (09), direto do plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, no programa Na Mira da Notícia, na rádio Gazeta FM Arapiraca. O noticiário é um produto do Grupo 7 Segundos de Comunicação, e vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 18 horas.

O parlamentar alagoano também falou da sua nova relação política com o prefeito de Maceió JHC (PL). Alfredo disse que não participaria de nenhuma aliança política federal, estadual ou municipal, mas que foi procurado pelo prefeito da capital e assim encontrou uma forma de corresponder ao eleitorado maceioense, onde ele teve sua maior votação.

“Fui ao segundo turno com o JHC como adversário, e não foi uma campanha simples, foi bem acirrada. Eu não pensava em fazer parte nem do governo federal, nem do estadual, nem do municipal. Mas Maceió foi a cidade que me deu maior votação, fui o federal mais votado de lá. Então tenho a obrigação de retribuir a população, assim como tenho com Arapiraca”, disse.

O deputado disse ainda que partiu do prefeito da capital a iniciativa do diálogo, e que não participará das eleições de 2024. “O JHC viu a minha forma de conduzir. Ele me procurou, conversamos, eu disse a ele que não precisaria fazer parte do governo para ajudar Maceió. Mas ele insistiu. Não abro mão da minha independência. Vou estar com JHC em 2024? vou sim, não sou daqueles políticos que a cada dois anos disputam eleição. A melhor opção para Maceió no momento é o prefeito JHC, assim tem sido reconhecido pela população”, afirmou.

Indiretamente, Alfredo indicou a quantidade de deputados do União Brasil que devem votar com o governo nas próximas pautas governistas na câmara. Gaspar afirmou que está fora desse acordo, e que não assinou a carta de intenções que foi subscrita por 43 de seus companheiros de partido, garantindo a adesão da legenda ao governo Lula.

“Quando os deputados do União Brasil assinaram [uma carta] para ele virar ministro eu disse na bancada que não assinaria. Acredito que quando se faz uma indicação, tem que se comprometer com a pauta do governo, e assim agi não assinando. Sou respeitado na bancada porque minhas posições são sempre transparentes”, afirmou.

“Meu partido tem um ministro que foi indicado por 43 deputados de uma bancada de 59. Quem assinou a indicação tem compromisso com as pautas do governo, eu tenho compromisso com a pauta do país. O que for bom para o povo e para o país, eu não preciso de ministério, estarei presente”, completou Gaspar.