Marcelo Beltrão (PP), atual prefeito de Coruripe, terá seu nome homologado em convenção para a disputa da reeleição na próxima sexta-feira (02), na cidade do litoral sul alagoano.

O que chama a atenção, neste caso, é a ampla aliança de partidos e personagens políticos que estarão com Beltrão no palanque de sua reeleição. O prefeito conseguiu atrair para o seu projeto desde a direita até a esquerda, de Arthur Lira a Renan Calheiros.

Estarão na composição oficial da candidatura de Marcelo o PL de JHC, o PP de Arthur Lira, o MDB dos Calheiros e de Paulo Dantas, o PSB (também de Dantas), o PDT de Ronaldo Lessa e até o União Brasil, de Alfredo Gaspar.

E o PT? Só não estará na composição porque não tem diretório municipal formalizado em Coruripe, mas a esquerda local também estará com Beltrão.

É fato que as composições políticas em Alagoas, principalmente nas eleições municipais, não se dão por questões ideológicas - a não ser em alguns casos de ‘petistas raiz’ ou de ‘bolsonaristas raiz’ que tentam nacionalizar problemas municipais.

Mas mesmo neste cenário, há de se ressaltar o modo como o atual gestor coruripense leva a política, de modo leve e agregador. Mantém boa relação com Arthur Lira e ao mesmo tempo com o governo estadual.

Há algum tempo, venceu a resistência interna e conseguiu reunificar a família Beltrão, tirando de cena uma outra candidatura incentivada pelo primo Marx. Ao mesmo tempo, conseguiu debelar o projeto de Renan que chegou a alimentar, via Cooperativa Pindorama, a formação de outro grupo político na cidade.

Tudo controlado, resta agora o resultado das urnas. E a comemoração quase unânime do prefeito ‘diplomata’ que uniu gregos e troianos, liristas e calheiristas, lulistas e bolsonaristas.