Bastidores
Outorga da água opõe Luciano Barbosa a prefeitos do agreste
Prefeito de Arapiraca não pretende esperar que demais municípios se adequem e deve lançar processo sozinho
Em meio ao debate, que já se iniciou na Câmara de Arapiraca, sobre a outorga dos serviços de água e esgoto do município, uma divergência quanto ao modelo de cessão dos serviços deve opor Luciano Barbosa (MDB) e demais prefeitos do agreste.
A ideia inicial, difundida durante o ano de 2022, era a de que vários municípios do agreste se unissem em torno de um consórcio que garantisse uma única venda dos serviços a todos os municípios. Isso pouparia as pequenas cidades de desenvolverem cada um os seus modelos de outorga, o que tornaria o negócio menos atraente para as empresas.
O segredo da coisa era um só. Municípios do agreste se ‘aproveitariam’ da força de Arapiraca, forçando a empresa interessada no sistema arapiraquense (teoricamente o mais lucrativo) a adquirir também os demais municípios.
Acontece que, nos bastidores, a demora dos vizinhos em se organizar para oferecer uma boa outorga não agradou ao prefeito Luciano Barbosa, que resolveu então se movimentar sozinho. Um estudo encomendado junto ao Banco do Nordeste já está pronto para adiantar as negociações.
De fato, a discussão sobre o tema está muito à frente em Arapiraca, e bastante incipiente nos demais municípios. Gestores de vários deles se apagaram à parte política do negócio, acreditando que a liderança do deputado Arthur Lira resolveria a questão - não foi o que aconteceu. O avanço pegou de surpresa os vizinhos agrestinos.
Em entrevista logo após as eleições, o prefeito de Coité do Noia, Bueno Higino (PP), chegou a afirmar que ainda acredita na formação do consórcio, ao contrário do que pensa o gestor de Arapiraca.
No frigir dos ovos, quem quiser seguir o modelo arapiraquense terá que correr. Barbosa não vai demorar a avançar com o tema - seu mandato 4.0 tem pressa.
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