Brasil

Novo governo Lula deverá ter pelo menos 33 ministros

Após eleição com frente ampla de partidos, presidente eleito tem pela frente indicações que vão além do PT

Por CNN 01/11/2022 07h07
Novo governo Lula deverá ter pelo menos 33 ministros
Ex-presidente Lula - Foto: Reprodução

A nova Esplanada dos Ministérios a partir de 2023 deve ampliar o número de pastas, acabar com o modelo de função em superministérios e abrigar aliados que representem a frente ampla de partidos que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Este é o plano do grupo político que venceu as eleições com Lula neste domingo (30). Pelas contas, a Esplanada passaria de 23 para 33 pastas, ao menos.

Entre as novas pastas estão Pequenas Empresas, Igualdade Racial, Segurança, Povos Originários e Cultura. A Economia poderá ser dividida mais uma vez em Planejamento e Fazenda.

Para a área econômica, que será crucial para colocar em prática a agenda de investimentos propagada pelo governo eleito, estão cotados Fernando Haddad (PT), que perdeu as eleições para o governo de São Paulo, o ex-ministro Henrique Meirelles e também o economista Gabriel Galípolo.

Durante toda campanha eleitoral, Lula foi cobrado a revelar o nome do ministro dessa área.

O plano é também separar pastas que se transformaram em gigantes da Esplanada, por reunirem diferentes temas conexos debaixo de um mesmo guarda-chuva, mas com dificuldade de gestão.

É o caso do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que viraria dois. O movimento é um aceno ao grupo das forças de segurança mais identificados às bases eleitorais do presidente Jair Bolsonaro.

Desde o início do governo atual, este grupo vinha pedindo uma pasta específica, o que acabou não acontecendo.

Para a vaga de ministro da Justiça, há os nomes do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB) e do advogado Silvio Almeida.

Nas sinalizações, Lula defende o nome de alguém de confiança para a Casa Civil, com experiência para lidar com os outros ministros, governadores e com o Congresso Nacional. Os nomes do governador Rui Costa (PT), da Bahia e do ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) estão entre os cotados.

A pasta da Saúde é considerada uma das mais importantes como reposta ao desempenho errático do Brasil no combate ao coronavírus durante o governo Bolsonaro.

Para esta função, há avaliação do nome do ex-secretário da Saúde de São Paulo, Davi Uip, o que é visto como indicação alinhada ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), e também do ex-ministro Alexandre Padilha (PT).

Para a Defesa, o novo governo de Lula quer nomear um civil. Por isso, estão em destaque um possível retorno de Aldo Rebelo (PDT) ou até mesmo a concessão da pasta para Alckmin.

Aliada na campanha depois de perder o primeiro turno, Simone Tebet (MDB) é apontada como opção para mais de uma pasta Agricultura e Educação.

Na Agricultura, ela deve disputar preferências com os senadores Carlos Fávaro (PSD-MT) e Kátia Abreu (PP-TO). Na Educação, há quem defenda o cargo para o ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT).

Tema presente no discurso de Lula após ser eleito, o Meio Ambiente poderá ter novamente a ex-ministra Marina Silva (Rede), que foi eleita deputada federal por São Paulo nestas eleições. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) está também cotado.