A possibilidade de emancipação do campus de Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) tem gerado uma grande expectativa em estudantes, professores, técnicos e também na comunidade local. A iniciativa, que tem o apoio do reitor Josealdo Tonholo e do deputado federal Daniel Barbosa (PP), deve trilhar os mesmos caminhos da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), com sede em Garanhuns.

O projeto de lei que criou a instituição foi sancionada em abril de 2018 pelo então presidente Michael Temer, desmembrando a Unidade Acadêmica de Garanhuns (UAG) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRRPE). A implantação da nova Instituição de Ensino Superior (IES), transferiu automaticamente cursos de todos os níveis, alunos regularmente matriculados e cargos ocupados e vagos do quadro de pessoal, inclusive docentes.

Na ocasião, foram investidos R$121 milhões para implantação da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco.

O processo de emancipação do campus da Ufal em Arapiraca ganhou um importante pontapé na última semana. O deputado federal Daniel Barbosa, acompanhado do reitor Josealdo Tonholo, da vice-reitora Eliane Cavalcante, e de uma equipe técnica da universidade, participou de uma audiência no MEC para tratar do projeto junto à diretora de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Educação Superior, Tânia Mara, e a secretária de Educação Superior do MEC, Denise Pires Carvalho.

De acordo com o parlamentar, que é natural de Arapiraca, um grupo de trabalho será criado, envolvendo técnicos do Ministério da Educação e da Ufal, para que seja feita a análise de viabilidade da emancipação.

“Criar a Universidade Federal do Agreste de Alagoas é um dos meus principais compromissos de trabalho. Em Brasília, temos buscado os caminhos para que esse pleito se torne realidade”, escreveu Daniel Barbosa em suas redes sociais.

O projeto local consiste na transformação da estrutura já consolidada do Campus Arapiraca, com 23 cursos de graduação e três mestrados como ponto de partida para a criação da Universidade Federal do Agreste. Com isso, a unidade passa a ter autonomia nas decisões e passa a receber recursos e investimentos direto do governo federal.