A psicóloga Clélia Calixo afirma que o comportamento reservado do estudante que efetuou cinco disparos de arma de fogo em um colega na Escola Estadual de Coité das Pinhas, em Igaci, é sinal de que ele pode estar passando por problemas psicológicos.

A profissional, que trabalha na Secretaria Municipal de Saúde de Igaci, concedeu entrevista ao 7Segundos (que pode ser assistida ao final deste texto) informando que, apesar de o atentado ter ocorrido dentro de uma escola da rede estadual, o município ofereceu à unidade apoio psicológico para os estudantes e familiares.

Clélia Calixto afirma que os pais e professores devem ficar atentos aos sinais apresentados pelos adolescentes de que algo não vai bem na saúde mental deles e que o comportamento reprimido, manifestado como timidez ou isolamento, devem servir de sinal de alerta.

O adolescente de 16 anos, que efetuou os disparos, é considerado pelos colegas uma pessoa "calada" e que não buscava fazer amizades na escola. Em entrevista para emissoras de rádio local, a avó do adolescente reiterou que ele é um jovem solitário. "Todo mundo sabe que ele não tem amizade com ninguém. Nem comigo ele conversa", afirmou dona Antônia, afirmando que a família não sabe como ele arrumou o revólver usado para cometer o ato infracional.

Após efetuar os disparos, ele foi apreendido ainda dentro da escola pela Polícia Militar. Em depoimento, ele afirmou ter atirado no atual namorado da ex-namorada dele. Como ele tem menos de 18 anos, deve ser indiciado por ato infracional análogo à tentativa de homicídio e encaminhado para medidas sócio educativas.

A vítima, que se recupera no HEA, disse que não conhece o adolescente que atirou nele.

A vítima do atentado, atingida por cinco tiros, passou por cirurgia e está se recuperando na enfermaria do Hospital de Emergência do Agreste, que no final da tarde informou que o adolescente está consciente e estável.

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