Polícia

Acusado de matar blogueiro Adriano Farias teria pedido à namorada que apagasse dados do celular

Relatório aponta influência do acusado Carlos Henrique

Por Erick Balbino/7Segundos 20/11/2024 06h06 - Atualizado em 20/11/2024 06h06
Acusado de matar blogueiro Adriano Farias teria pedido à namorada que apagasse dados do celular
Adriano Farias foi morto com quatro tiros, dentro do próprio carro, no município de Junqueiro - Foto: Reprodução/Instagram

O assassinato do blogueiro Adriano Farias, ocorrido em 18 de junho, em Junqueiro, ganhou novos desdobramentos com a divulgação do relatório da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL). O documento revela que Carlos Henrique Ferreira Santos, acusado de envolvimento no crime, teria orientado sua ex-companheira a apagar informações comprometedoras do celular dela, conforme diálogos interceptados pelos investigadores.

Carlos Henrique foi alvo de uma operação que incluiu busca e apreensão de armas, celulares, tablets, documentos e outros materiais. Além disso, por ordem judicial, teve o sigilo telemático quebrado e os dados de seus dispositivos móveis extraídos. A análise das informações apreendidas reforçou a linha de investigação que aponta sua participação ativa na execução e no planejamento do crime.

O relatório também cita que, além de Carlos Henrique, ao menos outros cinco homens foram investigados no caso. Contudo, a polícia optou por não divulgar suas identidades. Um dos investigados, segundo as apurações, chegou a realizar buscas na internet sobre a morte de Adriano, levantando suspeitas de envolvimento indireto no crime.

Entre os elementos anexados ao relatório, destacam-se laudos periciais, análises de câmeras de segurança, relatórios técnicos, análise das redes sociais do principal acusado, interrogatórios dos suspeitos e uma detalhada avaliação de mídias de vídeo.

O blogueiro era conhecido por abordar temas polêmicos e denunciar irregularidades em sua região. A suspeita de que sua morte esteja ligada a essas atividades motivou a polícia a seguir pistas que envolvem Carlos Henrique e outras pessoas que poderiam se beneficiar de seu silêncio.