Mozart Luna
Prefeitos eleitos vão herdar salários atrasados e calote dos fornecedores
Os prefeitos eleitos no último dia 2, depois de comemorar devem sentar e por os pés no chão para e se preparem para assumirem prefeituras falidas com muitas dividas, começando por salários atrasados e calote no pagamento de fornecedores. Diante de cenário nada animador, todos estão sendo convocados a comparecerem em Brasília, já nesta quarta-feira (5) para uma grande mobilização, em Brasília, que vai discutir os desafios dos gestores, diante da queda de receita e por um novo pacto federativo.
A única saída encontrada pelas lideranças municipalistas e uma distribuição mais justa da arrecadação. Entretanto convocação para esse encontro em Brasília – agenda para o dia 5 - está sendo considerada muito encima e poderá se tornar em um ato público esvaziado.
Arrecadação
Os municípios estão sofrendo com a sobre carga de atribuições e a redução de receita. Por isso as lideranças municipalistas reivindicam uma reforma na distribuição do bolo arrecadado. Atualmente os municípios recebem 14% do que é arrecadado pela União, enquanto o governo federal fica com mais de 60% de tudo.
Atualmente a administração de todos os programas sociais, criados nos últimos anos é das prefeituras, que recebem os repasses geralmente atrasados, causando uma pressão política muito grande nos prefeitos que estão na linha de frente. A falta de recursos para realização de obras é uma realidade que assusta a todos.
Os prefeitos estão atualmente apenas administrando o pagamento dos salários servidores e mantendo serviços essenciais funcionando a duras penas. A previsão para esse ano é de que os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) seja menor 9%, em relação ao ano passado. Isso deverá gerar uma inadimplência das prefeituras no pagamento de salários dos servidores e calote nos fornecedores.
Essa será a herança caótica que os eleitos receberam a partir de janeiro de 2017. Muita divida e salários atrasados.
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