Um grande erro que alguns políticos têm cometido é enfrentar uma campanha eleitoral sem realizar pesquisas de intenção de voto, sobretudo, pesquisa para saber os anseios, necessidades e prioridades da população, independentemente do tamanho do eleitorado.

Temos visto candidatos que são orientados e se deixam levar por cabos eleitorais travestidos de intelectuais e falsos politólogos, (pessoa licenciada ou graduada em ciência política) os quais eu os denomino de arremedos de políticos, comandando campanhas políticas, que agem pela emoção e, com receio de perder espaço diante do candidato, praticam o famigerado processo de ‘queimação’, e tem atrapalhado e levado candidatos a derrota nas urnas.

É fato que, o processo político, assim como qualquer outro seguimento, requer pessoas qualificadas. Um ponto que merece ser destacado e que jamais poderá ser deixado de lado por aqueles que almejam disputar com sucesso cargos eletivos, - principalmente no tocante ao executivo -, são as pesquisas eleitorais, elas são imprescindíveis e de fundamental importância para o sucesso nas urnas, sem elas, o candidato vai “atirar no escuro”, fará uma campanha sem rumo, a base do improviso e carregado de incerteza.

Grande parte da classe política ainda teima em fazer campanhas eleitorais a base do improviso, da emoção, a base de tudo posso, de tudo faço, aconselhados por falsos politólogos.

A competição no meio político exige novas técnicas e ações efetivas para que a campanha seja bem sucedida, razão pela qual até mesmo fora de campanhas eleitorais os governantes e detentores de cargos eletivos tem utilizado pesquisas para monitorar suas atividades e adequar suas ações, ajustar seus discursos e estabelecer prioridades.

Portanto, as pesquisas facilitam a organização partidária, bem como orientam suas tomadas de decisões em sintonia com o pensamento social predominante, consequentemente, satisfazendo os seus eleitores e conquistando novos adeptos.

Os dados de pesquisas eleitorais servem para orientar um candidato melhorar a maneira de apresentar-se perante o eleitorado, saber quais temas abordar, como elaborar plataformas e programas administrativos ou de ação parlamentar, saber quais seus pontos fortes ou vulneráveis.

A pesquisa eleitoral revela uma “realidade estática”, ou seja, imóvel, parada, o que significa que registra qual é a situação de momento. A tendência só é mostrada depois de várias pesquisas sobre o mesmo assunto, respeitando-se certo intervalo de tempo.

O ponto fraco de uma pesquisa é sua brevidade, pois ela retrata situações ou fornece informações pertinentes, em geral, apenas ao exato momento em que é realizada. Essa condição de efemeridade deriva do fato de que numa disputa eleitoral o ambiente é profundamente dinâmico e passível de transformações radicais em um curto espaço de tempo, enquanto a pesquisa é sempre estática.