Blog do Roberto Ventura

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O mercado eleitoral competitivo

14/11/2020 17h05 - Atualizado em 14/11/2020 18h06
O mercado eleitoral competitivo

Farei agora as contas do processo político e, como parâmetro, analisei a cidade de Messias. Primeiro é preciso esclarecer que, o Marketing Político trabalha com os indiferentes, ou seja, aqueles que estão alheios a política ou em torno dela. Para o eleitor é indiferente votar nesse ou naquele candidato, para ele é tudo igual. É aí onde estão inseridos os indecisos e os indiferentes.

O brasileiro sempre deixa para fazer as coisas de última hora, ou seja, para pagar a conta de energia, de água, de telefone etc; com o eleitor também é assim, ele adia sempre que puder sua decisão de voto para o período mais próximo possível da eleição.

Cerca de 90% das pessoas que se dirigem a cabine eleitoral, já tem o seu candidato consolidado, mas 10% ainda entram para votar, com muita dúvida, são os procrastinadores, e esses podem decidir uma campanha acirrada. A grande maioria dos eleitores deixa para votar no último momento.

O mercado eleitoral competitivo é composto por dois agentes básicos: Candidato e Eleitor: o candidato deseja do eleitor informação e voto. Informação para poder planejar e criar programas de governo que atendam as expectavas do eleitor, e o voto para chegar ao poder e desenvolver o seu programa. Por outro lado, o eleitor deseja do candidato, uma boa comunicação e o cumprimento das promessas e dos favores.

O voto é influenciado por três componentes distintos: Político, Ideológico e Eleitoral. Voto político é firmado de forma direta, numa relação entre candidato e eleitor. Em cidades pequenas, o voto político chega a 80% de sua motivação.

Voto ideológico influencia apenas uma parcela dos eleitores. Afeta apenas pouco mais de 5% do eleitorado, atingindo o Máximo de 10% no mercado nacional.

Já o voto eleitoral representa o esforço concentrado de conquista do eleitor, todo o trabalho deve estar voltado para a conquista do eleitor. Chega a atingir até 70% das decisões de voto.

Baseando-se nesses dados, vamos analisar como ficaria a distribuição dos eleitores em Messias: levando-se em consideração que hipoteticamente teremos em Messias 11 mil eleitores, - o voto político que representa 80% do eleitorado -, significa dizer que, 8.800 eleitores são conquistados de forma direta em uma relação candidato/eleitor.

Já aqueles eleitores que votam de forma ideológica, que chega à casa dos 5%, significa dizer que em Messias apenas 550 eleitores votam ideologicamente.

Em relação ao voto eleitoral, - que representa o esforço concentrado da conquista do eleitor -, dos 11 mil eleitores de Messias, cerca de 7.700 devem optar por esse tipo de voto. Representa o esforço concentrado de conquista do eleitor, é esse o campo de atuação do Marketing Político.

Como o Marketing Político trabalha com os indiferentes, é necessário esclarecer que no mês de fevereiro, faltando dez meses para as eleições, 70% dos eleitores estavam indiferentes, e faltando 48 horas, cerca de 20% dos eleitores ainda continuavam indiferentes, é aí onde entra e se intensifica o trabalho dos marqueteiros.

Assim, em Messias, em fevereiro, 7.700 ainda estavam indiferentes, e nessas últimas 48horas apenas 2.200 continuavam indiferentes. É nesse campo de atuação em que o trabalho de marketing se intensifica e entra para valer na campanha; é o tudo ou nada!

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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